De acordo com o superintendente do HMC, Mauro Oscar de Souza Lima, os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) que deveriam ser pagos pelo Estado estão em atraso desde maio de 2015 e giram em torno de R$ 32 milhões, contrapondo os números divulgados pela Assessoria de Imprensa do Estado no dia de ontem (31). Os valores corretos podem ser consultados por meio de resoluções no site do Governo do Estado http://www.saude.mg.gov.br/component/search/?exact=resolucao&area=all , também detalhadas no anexo. “O anúncio dos dados divulgados pelo Estado nos causou perplexidade ao citar valores muito inferiores aos devidos. Preferimos acreditar que foi um erro de soma”, lamenta o superintendente.
Durante todos esses anos, a FSFX não poupou esforços para manter tanto o pagamento do corpo clínico em dia quanto aos atendimentos do SUS, bem como a manutenção dos serviços prestados à população, mesmo sem receber. Diante da falta de repasse, o corpo clínico do HMC optou pela paralisação por tempo indeterminado dos atendimentos eletivos do SUS (cirurgias, internações, consultas e exames). Os serviços de urgência, emergência e de maternidade aos pacientes do SUS estão assegurados.
Nos últimos anos, a FSFX tem buscado, de forma permanente, diálogo e meios de negociar junto ao Estado o recebimento dos valores atrasados, contudo, sem êxito. O HMC aguarda o pronunciamento do Governo de Minas Gerais em relação ao pagamento da dívida e torce para que a situação seja solucionada e que os atendimentos aos usuários do SUS sejam normalizados. “Não obtivemos respostas concretas do Governo do Estado, mesmo considerando que o Hospital Márcio Cunha é referência de atendimento para 85 municípios do Leste de Minas Gerais e um dos maiores prestadores do SUS em MG (mais de 70% dos atendimentos). Em algumas especialidades, como a Oncologia, 85% dos atendidos realizados são de pacientes do SUS”, conclui o superintendente.
Assessoria de Comunicação
Fundação São Francisco Xavier