Editorial – Timóteo vive um dos momentos mais estratégicos das últimas décadas

Timóteo passa por um momento estratégico onde poderá avançar muito em alguns setores. O ramo imobiliário e o setor de hipermercados irão promover avanços, mas é na estrada que liga o bairro Alegre ao Macuco, que o município poderá se desenvolver de forma mais robusta
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Editorial – Timóteo vive um dos momentos mais estratégicos das últimas décadas

Alegre

Márcio de Paula – Editor

Timóteo vive um momento estratégico como há décadas não se via. Há várias frentes de possibilidade de crescimento econômico em diferentes setores com impacto a curto, médio e longo prazo. O setor de supermercados é um deles. O município, que ainda não conta com um hipermercado, vai ganhar dois e também um atacarejo. Isso se deve a demanda reprimida, haja vista que os vizinhos Cel. Fabriciano e Ipatinga contam com esse tipo de empreendimento há anos, mas também há méritos da secretaria de desenvolvimento econômico da prefeitura por atrair tais empresas. Serão gerados cerca de 700 empregos diretos e outras centenas de indiretos.

Outro segmento que vai crescer é o imobiliário. São três grandes empreendimentos a serem lançados: um condomínio fechado no antigo clube Alfa; um loteamento ao lado dos bairros Novo Horizonte e Passaredo, que será realizado pelo Grupo Ladaeda; e um loteamento na sede de Timóteo. Tais empreendimentos certamente irão gerar empregos e renda. Há ainda outro condomínio fechado no bairro Alegre, que atualmente está embargado por problemas de documentação.

As obras de duplicação da BR 381 que avançam e a pavimentação da LMG 760 que liga o Vale do Aço a Zona da Mata, e por consequência, a BR 262 são fundamentais para atenuar o maior gargalo na atração de empresas para a região. A LMG 760 vai ligar a Zona da Mata que é cortada por importantes rodovias federais, como: a BR 116, maior rodovia totalmente pavimentada do país, a BR 040, BR 267 e BR 482.

Timóteo não tem condições de receber o fluxo de veículos da BR 262 visando a ligação com a 381, por isso, é imperiosa a obra da Alça de Acesso, e o governo estadual vai fazer a licitação do projeto em breve. A Alça que começara em Cava Grande e terminará na BR 381, passará justamente pelo Setor 7, o tornando mais atrativo a investimentos por dois motivos: pela questão logística, por facilitar o escoamento da produção; e pela disponibilidade de áreas para investimentos, o local tem espaço físico disponível para crescer, contudo, a prefeitura municipal precisa resolver questões ambientais que travam investimentos no setor.

Nesse sentido, o governo executivo encaminhou para a Câmara de Vereadores o Projeto de Lei (PL) que estabelece o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Serra do Timóteo, projeto este custeado pela Copasa. A área total é de 3.168,02 hectares e o estudo garante o uso sustentável da área que está inserida na categoria de unidade de conservação.  A PL estabelece a realização de qualquer atividade ou intervenção no território abrangido pela APA Serra do Timóteo, desde que esteja de acordo com o zoneamento e as normas estabelecidas.

O Setor 7 conta hoje com dois distritos industriais, um no bairro Alegre e outro no Limoeiro, que geram cerca de 1.200 empregos, quando somados a outras empresas dessa região. Os dois distritos industriais necessitam de melhorias, principalmente do Limoeiro. A prefeitura municipal pretende “privatizar” o distrito do Alegre através de uma Lei conhecida como Reurb, que compreende a venda dos terrenos do distrito à iniciativa privada. Essa primeira experiência no distrito que é menor territorialmente servirá como teste, caso seja aprovado, o mesmo poderá acontecer no Distrito Industrial do Limoeiro.

No setor 7 também há projetos para mais dois distritos, cada um com cerca de 50 hectares. As respectivas áreas estão compradas e destinadas para esse fim. Um será realizado pela iniciativa privada, através de um empresário instalado no próprio setor; o outro pela prefeitura municipal, e deverá levar o nome de Centro Empresarial por abrigar uma diversidade maior de empresas e não apenas indústrias.

Mas para que esse possível boom aconteça, a prefeitura municipal precisa fazer o dever de casa, aprovar o Plano Diretor, e dentro dele, a Lei de Uso e Ocupação de Solo. O empreendedor prefere investir onde as regras são claras, com leis definidas para não haver surpresas durante o caminho.

Desde o primeiro mandato do ex-prefeito Leonardo Rodrigues Lelé da Cunha, a mais de três décadas, o município não vislumbrava tamanha possibilidade de atração de empresas. Esse cenário se dá por várias questões: a duplicação da BR 381; pavimentação da LMG 760; possível obra da Alça de Acesso; a verba de indenização da Vale que propicia vários investimentos, como a própria pavimentação da LMG 760, e possivelmente, a Alça de Acesso; a postura do governo Zema em terminar as obras iniciadas; a demanda reprimida de Timóteo; o bom desempenho das empresas âncoras regionais que serão chamariz de novas empresas; o empenho de alguns deputados estaduais e federais; a atuação da secretaria de desenvolvimento econômico municipal; e união junto a prefeitura da Fiemg Regional Vale do Aço e Gerência da Região Metropolitana do Vale do Aço.

Nesse cenário que se vislumbra é fundamental a organização da população e empresários para acompanhar e cobrar das forças políticas que essas oportunidades não sejam perdidas.

 

 

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