Você sabia que os homens são mais vulneráveis a doenças do que as mulheres? É o que diz o Ministério da Saúde, que também informa que eles são os que menos acessam os serviços de saúde, buscando mais atendimento em casos de urgência e emergência. Isso significa que a maioria dos homens só busca ajuda médica quando a situação é mais grave, enquanto as mulheres têm o hábito de acompanhar a saúde mais de perto.
Contudo, o câncer de próstata é uma doença silenciosa que exige uma rotina de prevenção, que inclui consulta regular ao médico (feita anualmente, a partir dos 40 anos) e hábitos saudáveis.
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais mata homens, atrás apenas do câncer de pulmão. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA-2020), estima-se 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil a cada ano.
Causas, sintomas e diagnóstico do câncer de próstata
Conhecer os fatores de risco é fundamental para prevenir qualquer doença. No caso do câncer de próstata, algumas condições podem aumentar as chances de desenvolvê-lo: excesso de peso, gordura corporal e/ou obesidade; histórico de câncer de próstata na família; a idade, principalmente após os 50 anos
Mulheres transexuais que fizeram hormonioterapia também estão sujeitas ao câncer de próstata. Apesar de a baixa de testosterona diminuir consideravelmente esse risco, ele pode surgir por fatores ambientais ou genéticos.
Em estágio inicial, o câncer de próstata não apresenta quase nenhum sinal. Na fase avançada, pode causar dor nos ossos e problemas urinários. Por ter sintomas pouco visíveis, é muito importante a constatação precoce, que aumenta em até 90% as chances de cura do paciente.
A detecção pode ser feita por meio de exames e a confirmação do caso vem com o rastreamento, feito por meio do exame de sangue PSA e do toque retal. Em geral, recomenda-se que o exame de toque retal seja realizado anualmente em pacientes a partir dos 50 anos. No entanto, caso haja histórico familiar de câncer, indica-se iniciar aos 45.
Já o exame de PSA é feito caso haja alguma anomalia, não sendo indicado como exame de rotina. O INCA recomenda que os pacientes que buscam essa detecção sejam esclarecidos sobre os riscos envolvidos: resultados falso-positivos ou falso-negativos e o sobrediagnóstico e o sobretratamento, relacionados à identificação de tumores que não apresentam ameaça à vida.
Outros tipos de câncer que afetam os homens
As campanhas do mês de novembro também alertam sobre outro fator de risco ligado à saúde do homem, que pode passar despercebido, mas, muitas vezes, é um dos grandes influenciadores na falta de autocuidado: o preconceito.
Conheça mais sobre outros tipos de câncer que podem acometer os homens:
Câncer de bexiga
O câncer de bexiga ocupa o quarto lugar nos casos de câncer em homens, correspondente a 10% dos casos. Ou seja, é um tipo de câncer bem frequente e acomete principalmente as pessoas brancas.
É mais comum em homens do que em mulheres e está ligado a fatores genéticos. Porém, o risco aumenta com o tabagismo, a exposição a compostos químicos de diversos tipos de indústrias e infecções urinárias frequentes.
O sangue na urina acompanhado de dor ao urinar são os principais sinais. Dor na lombar é um sintoma menos comum, mas pode acontecer.
É possível evitar o câncer de bexiga sendo não fumante (ativa e passivamente) e não se expondo constantemente a derivados do petróleo, como as tintas, por exemplo.
Câncer de testículo
O câncer de testículo, diferentemente do de próstata e de pênis, costuma aparecer em idades entre 15 e 50 anos. Acomete cerca de 5% dos homens com algum tipo de câncer.
Histórico familiar, infertilidade e criptorquidia (quando um ou os dois testículos não descem para a bolsa escrotal) são alguns dos fatores de risco. Entre os sintomas, estão o aparecimento de nódulo duro (geralmente indolor), aumento ou diminuição nos testículos, dor na parte baixa do abdômen e sangue na urina.
O que pode ser feito para prevenir o câncer de testículo é manter as consultas ao urologista em dia. A partir dos sinais da doença, o médico fará a avaliação e o diagnóstico.
Câncer de pênis
O câncer de pênis é um dos mais raros e apresenta medidas mais simples de prevenção, mas isso não significa que deve ser negligenciado.
Entre as causas do câncer de pênis estão a má higiene íntima (que geralmente está atrelada a baixas condições socioeconômicas e de instrução), infecção pelo vírus HPV e a não submissão à circuncisão, quando necessária.
A cirurgia de fimose na infância é um fator de prevenção ao câncer de pênis, assim como a limpeza diária e correta com água e sabão. O uso de preservativo durante as relações sexuais e a higiene após estas relações e após a masturbação também é fundamental.
O principal sintoma é uma ferida ou úlcera persistente no local, a balanite, uma inflamação da glande – “cabeça” do pênis – associada a uma infecção, acompanhada de secreção branca. A presença de gânglios na virilha pode ser um sinal de evolução do câncer.
De olho na saúde do homem: hábitos simples e saudáveis
Você acabou de ver o que pode ser feito para prevenir alguns tipos de câncer em homens. Além disso, manter uma saúde equilibrada é importante para todos os aspectos da vida.
Alguns hábitos que devem ser encorajados são a prática constante de exercícios físicos, alimentação saudável e a baixa ingestão de álcool.
Também é importante conversar mais sobre a saúde física e mental. É um hábito que os homens poderiam adotar, concorda? Não há nada de errado em criar diálogos sobre isso e procurar ajuda profissional preventiva e quando necessário.
Fonte: Unimed