Meio Ambiente – Em modelo de economia circular, empresa transforma restos de alimentos em adubo classe A

Presidente Sérgio Leite fala da retomada, investimentos, destaca atual momento e revela planejamento para curto e médio prazo
Usiminas vive um dos melhores momentos de sua história
15 de junho de 2021
chia aveia linhaça
Chia, linhaça e aveia : conheça os benefícios desse trio
15 de junho de 2021

Meio Ambiente – Em modelo de economia circular, empresa transforma restos de alimentos em adubo classe A

Rafael Eugênio criou a Residuar e atualmente consegue impedir que cerca de 20 toneladas de restos de alimentos cheguem aos lixões e aterros sanitários a cada mês

Rafael Eugênio criou a Residuar e atualmente consegue impedir que cerca de 20 toneladas de restos de alimentos cheguem aos lixões e aterros sanitários a cada mês

Por Márcio de Paula

Há várias ações produzidas pela iniciativa privada que fazem do respeito e proteção ao meio ambiente um negócio lucrativo e em constante evolução. O mercado de forma geral está cada vez mais exigente a necessidade de atividades econômicas com responsabilidade ambiental.

O jornal O Informante, nesse mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5) abre a primeira de uma Série de matérias que acontecerão ao longo do ano, sobre ações da iniciativa privada que além de gerar emprego e renda, promovem proteção ao Meio Ambiente.

A primeira a ser destacada é a Residuar, que produz adubo com sobras de alimentos. Trata-se da promoção de um ciclo sustentável fechado, que reintegra produtos pós-consumo à cadeia produtiva, com impacto altamente positivo para o meio ambiente e todos os agentes desse processo.

Partindo da premissa do químico francês Lavoisier, “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, e pela necessidade de eliminar perdas no processo de produção e de sobras da rede de padarias Premialy, o diretor Rafael Eugênio criou a Residuar.

Trata-se de uma usina de beneficiamento de resíduos, localizada em Coronel Fabriciano, dedicada à coleta e transformação de resíduos orgânicos em adubo orgânico classe A, a mais elevada classificação para produtos do gênero.

Segundo o idealizador e proprietário da empresa, a ideia surgiu pelo incômodo do destino das sobras de produção e pós-consumo, e quando soube de um equipamento com capacidade de transformar todo resto de alimentos em material orgânico de alto teor de eficiência. “A princípio era apenas para atender a demanda da nossa rede de padarias, mas outros empresários também sentiam o mesmo incômodo e a necessidade de dar um destino mais adequado às sobras dos alimentos. Então começamos a atender também outras empresas como restaurantes, sacolões, supermercados, entre outros”, destaca Rafael.

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” Antoine Laurent Lavoisier

“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” Antoine Laurent Lavoisier

Ele lembra que a empresa, a cada mês, impede a destinação aos lixões e aterros sanitários de toneladas de alimentos, sendo transformados em compostos orgânicos de alta qualidade beneficiando a natureza e o homem em um processo de retroalimentação.

“Pra mim é gratificante, porque trabalhamos aqui na Premialy com alimentação, e alimentação tem a ver com prazer, alegria, bons momentos, sozinho ou com família ou amigos. Nosso trabalho na Residuar é um processo circular que ajuda o meio ambiente e contribui com a produção de mais alimentos”, destaca Rafael.

De acordo com o empresário, todo resto de alimento não consumidos em função da data de validade ou sobras no processo de produção vira adubo, absolutamente tudo.

 

Legislação ambiental

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). – Lei 12.305, de 10 de agosto de 2010, estabelece princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão e gerenciamento desses resíduos, bem como a responsabilidade dos geradores, do poder público e dos consumidores.

A legislação vigente torna o trabalho da Residuar ainda mais relevante, pois estabelece diretrizes para Resíduos Sólidos,como: “a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; o desenvolvimento sustentável; a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade; e  a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”, diz as normativas.

O empresário Benedito Pacifico, cliente da Residuar e proprietário de restaurante, hotel e buffet, fala sobre a necessidade de dar destino correto as sobras dos alimentos. “O resto alimentar aqui do restaurante é destinado hoje para o preparo do adubo orgânico, existe a empresa que coleta esse material, leva para um centro de processamento e com ele, gera adubo orgânico que é vendido para agricultura e jardinagem. Nós, enquanto empreendedores, sempre estivemos preocupados com essa questão ambiental, o mundo já produz muitos resíduos, muito lixo e a natureza não suporta mais toda essa carga que a humanidade está produzindo, cada um tem de fazer a sua parte. É por isso que temos essa preocupação com os resíduos que sobra,” destaca Pacífico.

A Residuar tem capacidade de beneficiamento de cerca de 30 a 35 toneladas por mês, com potencial de beneficiamento de 420 toneladas ano.  Atualmente, segundo Rafael, a empresa beneficia entre 15 a 20 toneladas mês. “Temos espaço para aumentar a demanda com a capacidade que temos instalada hoje, mas se precisar podemos ampliar ainda mais essa capacidade, e esse é o nosso objetivo futuro”, projeta Rafael Eugênio.

Os comentários estão encerrados.