Chia, linhaça e aveia : conheça os benefícios desse trio

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Chia, linhaça e aveia : conheça os benefícios desse trio

chia aveia linhaça

Você conhece os benefícios da chia, aveia e linhaça? Pois precisa conhecer. Esses grãos estão cada vez mais presentes na alimentação dos brasileiros e oferecem uma série de benefícios à saúde. Além de serem fontes de fibra, eles auxiliam no processo de emagrecimento, entre diversos outros efeitos positivos.

 

Chia

Benefícios da chia quanto ao envelhecimento precoce A chia é uma semente – fonte natural de ácidos graxos ômega-3 (ácido alfa linolenico) e fibras. Possui ainda um baixo índice glicêmico – recomendada para diabéticos, e contém uma concentração significativa de antioxidantes.

A semente de chia tem um grande potencial dentro da indústria alimentícia. Isso ocorre porque sua oxidação é mínima, comparada com outras fontes de ômega-3, como a linhaça, que apresenta uma decomposição rápida devido à ausência de antioxidantes.

A oxidação afeta não só a qualidade dos alimentos, como também a sua saúde. Por isso, a adição de chia na dieta está relacionada à prevenção do envelhecimento precoce.

Como consumir as sementes de chia? As sementes de chia são provenientes da planta Salvia hispanica L., originária da região onde hoje ficam a Guatemala e o México, na América Central. Acredita-se que ela começou a ser cultivada como alimento em cerca de 3500 a.C, quando era oferecida aos deuses astecas em cerimônias religiosas.

Apesar de ser considerada uma cultura antiga, o cultivo da planta tem sido considerado uma “nova” cultura devido aos séculos de adaptação aos quais foi submetido. Hoje em dia, ela é cultivada em países como México, Equador, Argentina e Colômbia. No Brasil, a produção de chia não chega a números significantes.

Hoje, as sementes podem ser encontradas, inclusive, em alimentos como biscoitos, cereais e barrinhas de cereais. Porém, a melhor maneira de consumi-las ainda é de forma natural, adquirindo as sementes em pacotes. Como elas não têm muito sabor, o ideal é adicioná-las a iogurtes, sopas e caldos, por exemplo e inclusive, como substituto do ovo. Dica: Iogurte: o que é e quais seus benefícios?

Outra forma de consumir a chia é nas formas de farinha, mucilagem e óleo. Este é obtido por prensagem a frio e comercializado como óleo bruto. Em diversas regiões, as sementes embebidas em água ou suco de frutas são consumidas como bebidas refrescantes.

 

Aveia

Já a aveia é composta por proteínas, ferro, silício, magnésio, fósforo, zinco, manganês, vitamina B1 e vitamina B5. Além disso, ela traz importantes fibras solúveis. Um dos exemplos é a betaglucana.

Ao entrar em contato com líquidos, a fibra forma um gel capaz de retardar a digestão, gerando saciedade e melhorando o funcionamento do intestino. Para completar, a aveia ainda reduz os níveis de colesterol total e LDL (colesterol ruim), além de diminuir o açúcar no sangue.

Os nutrientes desse alimento trazem ainda bem-estar, e podem ser capazes até de combater a tristeza e a depressão. Isso acontece pela presença do triptofano, que é o precursor da síntese da serotonina. Por outro lado, a presença de manganês, silício e proteínas auxiliam na formação do colágeno, mantendo a estrutura da pele, do cabelo e das unhas.

Para quem busca energia para se exercitar, a aveia também é uma ótima opção. Por ser rica em fibras, o carboidrato é liberado de forma mais lenta no organismo. Sendo assim, fornece energia de forma gradual. Por isso, apesar de ser um pouco calórica, é uma ótima pedida acrescentá-la em frutas, iogurtes, vitaminas e mingaus (uma colher de sopa).

Diferenças entre farinha, farelo e flocos de aveia:Embora todas as versões da aveia encontradas no supermercado apresentem boa quantidade de fibras e ofereçam os benefícios que citamos, existem diferenças entre elas. Isso porque a forma como ela é processada pode afetar as características físicas e químicas do produto, uma vez que seus nutrientes estão distribuídos nas diferentes partes do grão.

As principais formas do produto encontradas são: flocos (inteiros): utilizados como granola, em barras de cereais e na fabricação de pães; flocos (médios e finos): acrescentados a mingaus e sopas, ou como acompanhamento para iogurtes;

farelo: bastante versátil, é utilizado tanto na panificação quanto como acompanhamento para iogurtes e sopas;

farinha: base para panificação e confeitaria.

Segundo pesquisa realizada na Universidade Federal de Santa Maria, de todos os tipos de processamento acima, o farelo de aveia é o que apresenta a maior quantidade de fibras, proteínas, lipídeos e minerais. Por isso, seu consumo é altamente recomendado.

 

Linhaça

A linhaça também é uma semente oleaginosa, encontrada no mercado sob as formas de semente de linhaça dourada e semente de linhaça marrom. Os dois tipos são ricos em nutrientes importantes, como ácidos graxos ômega-3 (ácido alfa linolenico), fibras e lignanas.

A semente tem ainda efeito redutor do colesterol, sem afetar significativamente o colesterol HDL (bom colesterol) e triglicerídeos. Dessa forma, a linhaça pode ser uma aliada relevante na prevenção de vários fatores de risco cardiometabólicos.

A linhaça contribui para o alívio de sintomas da menopausa e a redução dos níveis de açúcar no sangue. Por conter fibras, o consumo de linhaça prolonga a sensação de saciedade, que pode retardar a fome e, com isso, contribuir para a perda de peso.

Qual a melhor maneira de consumir a linhaça? Assim como as sementes de chia, a linhaça pode ser um substituto ao ovo nas preparações, pode ser salpicada em sopas, massa de panqueca, saladas e no que mais preferir. Uma dica para o café da manhã, ou o lanche da tarde, é a tapioca salgada de linhaça com ovo mexido e tomate.

 

Novas regras para alimentos integrais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) decretou uma nova regulação que dispõe sobre os requisitos da composição e da rotulagem dos alimentos contendo cereais que se identifiquem como integrais, ou que destaquem a presença de ingredientes integrais.

As novas regras entram em vigor a partir de junho de 2021, e o consumidor precisa ficar atento. Até então, não existia uma legislação no Brasil que regularizasse esse tipo de alimento, o que é um risco para os consumidores. Sem a legislação específica, eles podem ser enganados por produtos disfarçados de integrais.

A Resolução RDC Nº 493, de 15 de abril de 2021, estabelece que alimentos só poderão ser classificados como integrais se contiverem no mínimo 30% de ingredientes integrais. Essa quantidade deve, inclusive, ser superior à de ingredientes refinados.

O artigo 4° determina que os alimentos contendo cereais integrais podem ser rotulados como “integrais”, desde que a porcentagem total de ingredientes integrais presentes no produto seja declarada no rótulo. Dessa forma, o consumidor terá informações concretas e de fácil acesso para fazer escolhas mais conscientes e para comparar os produtos.

 

Fonte: minhasaude.proteste.org.br/