Os hospitais de Ipatinga atingiram, nesta sexta-feira (5), o alarmante índice de 100% de ocupação dos leitos de UTI Covid-19 SUS. Do total de 30 leitos disponíveis via Sistema Único de Saúde (SUS), 11 estão sendo ocupados por pacientes não residentes, ou seja, mais de um terço. Eles são moradores das cidades de Coronel Fabriciano (2), Santana do Paraíso (2), Timóteo (2), Mesquita, Belo Oriente, Pingo D’água, Governador Valadares e Ladainha.
Divididos entre leitos classificados como Covid-19, de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Enfermarias adulto e infantil, a cidade de Ipatinga conta atualmente com um total de 95 leitos SUS para atender pacientes com suspeita de contágio ou confirmados por Coronavírus.
Dispondo de dois hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde, os leitos utilizados pelo município para cuidar de casos relacionados com a pandemia estão divididos entre 50 instalados no Hospital Municipal Eliane Martins (HMEM) e mais 45 no Hospital Márcio Cunha (HMC). Porém, além dos leitos para pacientes do SUS, o HMC também oferece outros 28 de Enfermaria e UTI para convênio (planos de saúde), o que proporciona à rede de saúde local um total de 123 leitos. O problema é que, havendo colapso na ocupação, nem mesmo o benefício do plano de saúde garante atendimento.
Por se tratar de uma cidade-polo, Ipatinga possui uma pactuação em saúde com outros 13 municípios da região do Vale do Aço. Em tese, isso significa que além dos moradores da cidade, o total de leitos Covid-19 SUS disponíveis, sejam eles de UTI ou Enfermaria, também abrigam pacientes não residentes, provenientes de municípios que compõem a microrregião de saúde.