Guedes diz que economia está “reacelerando”

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Guedes diz que economia está “reacelerando”

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (5/3) que o último resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país) mostra que a economia brasileira está “reacelerando”. Segundo ele, na comparação trimestre a trimestre é possível observar que a expansão da produção de bens e serviços foi aumentando ao longo de 2019.

O PIB fechou o ano passado com crescimento de 1,1% frente a 2018. O resultado foi alcançado após a variação do quarto trimestre de 2019, que teve alta de 0,5% na comparação com o período anterior. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018 houve elevação de 1,7%.

“A economia, que estava a 0,7% [no primeiro trimestre de 2019], foi reacelerando ao longo do ano e terminou o ano já rodando a quase 2%”, disse o ministro ao analisar os números divulgados ontem (4). Ainda de acordo com Guedes, o crescimento do primeiro trimestre do ano passado sofreu o impacto do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) e da crise econômica na Argentina.

Paulo Guedes deu as declarações após uma reunião com acionistas e executivos de grandes empresas na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Otimismo

“Foi importante essa reunião hoje (5) porque nós vimos de quem realmente está disparando os investimentos da economia brasileira o sentimento de otimismo, um clima completamente diferente do que está se falando”, disse o ministro da Economia.

Para este ano, a estimativa de Guedes é que a economia brasileira cresça 2%. O ministro acredita que a epidemia de coronavírus tenha poucos impactos no Brasil. Segundo ele, a economia nacional ainda é muito fechada e, por isso, é menos afetada pelas mudanças no cenário global. “O Brasil é um dos menos integrados, então vai pegar muito mais nos outros do que em nós”, enfatizou.

Dólar

O ministro Guedes atribuiu às recentes altas do dólar a um ajuste do cenário econômico, com menos gastos públicos e juros mais baixos. “O modelo econômico mudou. O Brasil passou quatro décadas como paraíso dos rentistas e o inferno dos empreendedores. Modelo onde a taxa de juros estava sempre lá em cima, o governo se endividando em bola de neve, juros a 60% ao ano. Nós passamos uma década com juros de dois dígitos. E depois continuamos com os juros altos”, disse.

Para o ministro, o cenário abre outras possibilidades para o aquecimento econômico. “Vai ter consumo, vai ter investimento, porque os juros são mais baixos. E ao mesmo tempo vai ter mais exportação, porque o câmbio tá lá. A inflação tá baixa, em 4% também”, disse.

Agência Brasil