Projetos regulamentam uso de áreas públicas por empresas de telecomunicações e pelo comércio informal em Timóteo

Experimento de restauração florestal em área sob influência de rejeitos da barragem de Fundão, trecho do rio Gualaxo do Norte, um dos principais afluentes do rio Doce, que abrange os municípios de Mariana, Ouro Preto e Barra Longa
Dos afluentes ao Rio Doce: ações visam à revitalização após tragédia
7 de novembro de 2019
{DC4CC62D-A075-E612-B4DE-D878EAD63E70} (1)
Prefeitura de Ipatinga ainda recebe inscrições para sorteio de novos apartamentos
8 de novembro de 2019

Projetos regulamentam uso de áreas públicas por empresas de telecomunicações e pelo comércio informal em Timóteo

Fabrício Araujo

Fabrício Araujo

O Poder Executivo de Timóteo protocolou na tarde desta quinta-feira (7), durante sessão ordinária da Câmara de Vereadores, dois projetos de lei. Um deles regulamenta o uso de área pública para a instalação de antenas e o segundo disciplina o exercício do comércio informal no município. No ato da entrega dos projetos no Legislativo, a Prefeitura estava representada pelos secretários de Planejamento, Fabrício Araújo, e de Desenvolvimento Econômico, Hiler Félix.

A primeira proposta que recebeu o nº 4243 dispõe sobre o licenciamento urbanístico e ambiental para a instalação de infraestrutura de suporte para equipamentos de telecomunicações em áreas públicas. O objetivo da lei é promover e fomentar investimentos em infraestrutura de redes de telecomunicações visando a uniformização, simplificação e celeridade de procedimentos e critérios para a outorga de licenças. Em áreas particulares, a autorização para a instalação de infraestrutura de telecomunicações deve ser feita diretamente com o proprietário do imóvel.

Com a iniciativa, por exemplo, o Município de Timóteo poderá corrigir a ausência de uma legislação específica para regulamentar a ocupação do Pico do Ana Moura. Atualmente, pelo menos 10 empresas de telecomunicações, entre as quais de telefonia móvel, emissoras de rádio e TV possuem torres instaladas no pico. Com a regulamentação, tanto as empresas quanto o Município de Ipatinga, que possuem torres no local, terão que se adequar à nova legislação.

Comércio informal

Outra matéria enviada para a Câmara é a que disciplina o exercício do comércio informal no município, ou seja, toda e qualquer atividade de compra e venda de bens em caráter constante ou eventual, que se exerça de maneira itinerante ou estacionado, nas vias públicas.

O licenciamento do comércio informal será determinado pelas seguintes orientações: comprovação do tempo mínimo de um ano de residência no Município de Timóteo; famílias com a renda per capita menor dentre outras famílias; famílias com maior número de filhos menores de 18 anos ou pessoa com deficiência; prioridades para portador de deficiência física sem perfil de Beneficio de Prestação Continuada (BPC); famílias com baixo nível de escolaridade e sem formação específica. A proposta de lei vai mais além pois regulamenta os produtos que poderão ser comercializados, bem como os locais onde poderão ser expostos e vendidos.

Uma terceira proposta que está sendo trabalhada pelo Executivo Municipal e que deve ser enviada em breve à Câmara, prevê a regulação da utilização econômica das áreas e vias públicas por estabelecimentos regulares licenciados. Nesse projeto se enquadram a colocação de mesas e cadeiras por bares, restaurantes, lanchonetes e cafés nas calçadas, praças e passeios públicos; exposição de mercadorias perecíveis e não perecíveis por lojas; atividade de comunicação, informação e propaganda por meio de placas, cavaletes, totens e similares nos passeios por estabelecimentos comerciais em geral; além da comercialização de alimentos por veículos, conhecido por food truck.

A finalidade desse projeto é a de estimular a atividade econômica; viabilizar a utilização econômica das áreas, vias e passeios públicos; compatibilizar os interesses de pedestres, transeuntes e comerciantes; estimular a padronização dos passeios públicos e, por conseguinte, a acessibilidade.

Para Fabrício Araújo, as “propostas são de extrema importância e necessárias para uma cidade que se pretende organizada e fomentadora de empreendedorismo, sem preterir a questão social ao possibilitar às famílias de baixa renda buscar alternativas de sustento com segurança jurídica”.

“A organização e revitalização urbanística do Centro Norte, por exemplo, é uma demanda antiga da população e, principalmente, da Associação Comercial e Empresarial e Câmara de Dirigentes Lojistas (ACE/CDL) que cobra há tempos a atuação do poder público no sentido de proporcionar um ambiente mais adequado aos negócios”, ponderou Fabrício Araújo.

 

Fonte : PMT