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Governo anuncia diretor interino do Inpe

novo diretor interino do Inpe, Darcton Policarpo Damião - Arquivo/Miguel Ângelo /Agência CNI/Direitos reservados

novo diretor interino do Inpe, Darcton Policarpo Damião - Arquivo/Miguel Ângelo /Agência CNI/Direitos reservados

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC), Marcos Pontes, anunciou na segunda-feira (5) Darcton Policarpo Damião para ocupar interinamente a diretoria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). “Ele é doutor na área de desmatamento, tem passagem pelo Inpe, é uma pessoa de confiança e tem capacidade de gestão. Será um ótimo diretor interino para dar continuidade nesse trabalho”, disse Pontes em um vídeo divulgado pelo MCTIC.

De acordo com o ministro, o nome do diretor interino, quem tem graduação em ciências aeronáuticas na Academia da Força Aérea, saiu de uma série de currículos analisados por ele. Damião fica no cargo até que o nome definitivo seja escolhido. Para isso ocorrer, será formada uma lista tríplice, escolhida pelo que o ministro chamou de “comitê de busca”. Dessa lista sairá o ocupante definitivo do cargo.

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse a jornalistas, no Palácio do Planalto, que o presidente Jair Bolsonaro confia no trabalho de Pontes. “O presidente encontra no suporte do ministro Marcos Pontes essa decisão, que é temporária, porque a decisão final passará por um conselho.”

O ocupante anterior do cargo, Ricardo Galvão, deixou o Inpe após criticar declarações de Bolsonaro sobre o trabalho do instituto. No último dia 19, em entrevista a correspondentes internacionais, o presidente disse que a divulgação de informações sobre desmatamento feita pelo Inpe prejudica o país em negociações comerciais. Galvão afirmou que Bolsonaro fez “acusações indevidas a pessoas do mais alto nível da ciência brasileira”. Galvão foi exonerado na última sexta-feira (2).

No mesmo vídeo em que anunciou o nome de Damião, o ministro Marcos Pontes afirmou que a situação de Galvão ficou “constrangedora” e “complexa”. “[…] a situação ficou constrangedora, muito difícil, em função de ele ter discutido com o presidente. A situação ficou complexa. O Galvão se sentiu bastante desconfortável de permanecer.”

 

Agência Brasil