A Usiminas encerrou o segundo trimestre do ano com uma elevação de 125% no lucro líquido. Foram R$ 171 milhões entre os meses de abril a junho, ante um lucro líquido de R$ 76 milhões no trimestre anterior. No mesmo período, o Ebitda Ajustado consolidado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da companhia atingiu R$ 576 milhões, com uma alta de 18% se comparado com o primeiro trimestre do ano, quando o Ebitda Ajustado ficou em R$ 488 milhões. A elevação é associada, principalmente, aos maiores volumes de venda de aço e aos maiores preços de minério de ferro e aço.
No segundo trimestre, as vendas totais de aço da Usiminas somaram 1,1 milhão de toneladas, com alta de 5% em relação aos primeiros três meses do ano. Foram 949 mil toneladas comercializadas no mercado interno (alta de 7,2% ante o 1T19) e 110 mil toneladas no mercado externo (redução de 7,5% quando comparado com o 1T19). Segundo informações divulgadas pelo Instituto Aço Brasil, o consumo aparente de produtos siderúrgicos planos no país alcançou 6,2 milhões de toneladas nos seis primeiros meses de 2019, com alta de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
Para o presidente da Usiminas, Sergio Leite, a empresa vem concentrando todos os seus esforços para continuar apresentando resultados sólidos, uma vez que os indicadores recentes da atividade econômica no país seguem em ritmo abaixo das expectativas. “A recuperação da economia continua lenta. O Índice de atividade econômica medido pelo Banco Central, o IBC-Br, indicou queda de 0,06% nos quatro primeiros meses do ano e o Boletim Focus mostra que depois de cair por 19 vezes consecutivas, a projeção para o PIB do país encontra-se atualmente em patamar inferior a 1%”, informa.
Leite ressalta que, mesmo nesse cenário, a Usiminas registrou uma produção de laminados nas usinas de Ipatinga e Cubatão de 1,1 milhão de toneladas, com alta de 4% em relação ao primeiro trimestre. “A nossa busca é pela superação dos resultados, independentemente das dificuldades e da complexidade do cenário econômico”, destaca.
No que diz respeito a investimentos, a companhia encerrou o segundo trimestre com uma elevação de 19% no comparativo com o trimestre anterior. O Capex da companhia no período atingiu R$ 105 milhões com investimentos direcionados, principalmente, para sustaining Capex, segurança e meio ambiente.
Unidades de Negócios
Na Mineração Usiminas (Musa), o segundo trimestre do ano foi encerrado também com um aumento da ordem de 30% na produção. No período, a Musa produziu 1,7 milhão de toneladas, ante o volume de 1,3 milhão de toneladas produzidas no trimestre anterior. As vendas registraram ligeira queda, de cerca de 7%, em função dos menores volumes exportados, compensados parcialmente pelas vendas no mercado doméstico para terceiros.
A receita líquida da Musa totalizou R$ 441 milhões no segundo trimestre do ano, uma alta de 5,5% em relação ao primeiro trimestre, em função, principalmente, dos maiores preços do minério de ferro. O Ebitda Ajustado ficou em R$ 190 milhões, com alta de cerca de 25% em relação ao 1T19. A margem de Ebitda Ajustado foi de 43% no segundo trimestre, ante 36% nos três primeiros meses do ano.
Na Soluções Usiminas, empresa que atua nos mercados de distribuição e processamento de aço, a receita líquida registrou alta de 5,7% no segundo trimestre comparado com o primeiro, principalmente em função do maior preço de vendas e serviços. Foram R$ 930 milhões no 2T19 e R$ 879 no 1T19.
O Ebitda Ajustado da Soluções Usiminas registrou alta de 117% no segundo trimestre, quando comparado com o trimestre anterior. Foram R$ 37 milhões no 2T19 e R$ 17 milhões no primeiro trimestre. Já a margem de Ebitda Ajustado ficou em 4% no período, ante 2% no trimestre anterior (1T19).
A Usiminas Mecânica apresentou recuperação no trimestre. A empresa, uma das maiores do país na produção de bens de capital sob encomenda, teve receita líquida de R$ 96 milhões no segundo trimestre, contra R$ 62 milhões no 1T19. Uma elevação da ordem de 54% obtida, principalmente, em razão dos projetos nos setores de mineração, siderurgia e equipamentos.
O Ebitda Ajustado da Usiminas Mecânica foi positivo em R$ 800 mil, ante o R$ 1,3 milhão negativo registrado no primeiro trimestre do ano. A margem de Ebitda Ajustado foi de 0,8% positiva no 2T19, contra 2,1% negativa no primeiro trimestre do ano.
Outros destaques
No dia 15 passado, a Usiminas recebeu mais um upgrade em sua nota de crédito. Dessa vez, a agência internacional de classificação de risco, Standard and Poor’s (S&P), elevou o rating da companhia de B, para B+, com perspectiva estável. Segundo os analistas da S&P, a emissão de bonds ofertada pela Usiminas no dia 18/7 trará mais flexibilidade financeira e maior liquidez à empresa. Eles também avaliariam que “a companhia irá desalavancar gradualmente nos próximos anos devido à forte geração de caixa livre das operações, mesmo com maiores investimentos, enquanto mantem níveis adequados de liquidez”.
Em junho, a S&P já havia feito uma avaliação positiva da Usiminas ao anunciar uma manutenção da nota de crédito, mesmo com um cenário desafiador. Com a nova elevação, a Usiminas completou quatro anúncios de melhorias em seu rating. Anteriormente, a companhia já havia registrado upgrades em sua nota de crédito, por parte também das agências Moody’s e Fitch.