Empresas do Vale do Aço fornecem para setor sucroenergético

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Empresas do Vale do Aço fornecem para setor sucroenergético

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Com o objetivo de aumentar a competitividade das cadeias produtivas mais dinâmicas de Minas Gerais, o Programa de Competitividade Industrial Regional-PCIR promoveu a aproximação do Vale do Aço com o Triângulo Mineiro, com a intenção de gerar impactos positivos e ganhos para ambos.

“A parceria entre o setor metalmecânico e o setor sucroenergético abriu para o Vale do Aço a possibilidade de fornecer para uma importante cadeia industrial ainda não atendida, e para as usinas sucroalcooleiras ampliação e alternativas de fornecedores no próprio estado”, explica Daniela Azevedo, analista de projetos da FIEMG.

De acordo com a analista, a ação iniciou com uma missão de prospecção dos empresários do Vale do Aço na Expocigra 2016, feira criada a partir de uma necessidade crescente de mostrar o potencial das indústrias e da cadeia de serviços do Triangulo Mineiro promovendo encontro e negócios. Na ocasião, foi identificado que o Vale do Aço poderia suprir diversas demandas das usinas de açúcar e álcool, atualmente fornecidas por São Paulo.

“Promovemos uma visita técnica às usinas com a participação da equipe técnica do Sindimiva, SIAMIG, SENAI e dos empresários. Na visita as usinas apresentaram diversos gargalos e oportunidades de fornecimento, e um deles despertou maior interesse dos empresários: a “faca” utilizada pelas colheitadeiras para cortar a cana, relata.

Segundo Daniela, as facas utilizadas nas colheitadeiras possuem uma vida útil muito curta, necessitando de frequente substituição que ocasiona em inúmeras paradas de colheitas e custos elevados para as usinas. “Identificada a oportunidade, o PCIR atuou para que as empresas do Vale do Aço desenvolvessem e produzissem as facas com um material mais resistente, de modo a conferir mais agilidade à colheita”.

Foram coletadas amostras da peça e realizadas análises de resistência pelo SENAI. Os resultados foram divulgados para as empresas do APL do Vale do Aço e três empresas manifestaram interesse em desenvolver as peças, que foram entregues em Uberaba, no dia 18/10, pelas empresas Ramac, Qualitec e Metalnobre, que desde o início do ano se debruçaram sobre o projeto e produziram conjuntos pilotos das peças com metais mais resistentes do que o usado atualmente nas colhedoras, em parceria com a Usina Santo Ângelo de Pirajuba, Triângulo Mineiro, a qual forneceu todas as informações técnicas do produto.

Estima-se que apenas com o fornecimento desta peça o volume de negócio gerado possa atingir R$8 milhões por safra. Esta estimativa leva em consideração apenas o mercado de Minas Gerais. A partir das melhorias propostas o Vale do Aço tem agora a oportunidade de ofertar seus serviços às outras 377 usinas espalhadas no Brasil, o que aumentaria esta expectativa de negócio para R$91 milhões por safra.