Os casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, as arboviroses, tem aumentado em Coronel Fabriciano. Um levantamento divulgado nesta terça-feira, 27, pela Secretaria de Governança da Saúde mostra números preocupantes. Em 2017, foram registrados 1570 casos confirmados de arboviroses. Já entre janeiro e março deste ano, os números já passam de 2300 casos, um aumento de aproximadamente 46% só no início de 2018.
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Governança de Saúde, tem intensificado as ações ao combate dessas arboviroses. Já foram feitas programações com três ciclos do Fumacê, que passaram por todos os bairros da cidade, fazendo a aplicação do UBV pesado em horários específicos. Além disso, agentes de endemias continuam utilizando o UBV Costal para alcançarem lugares de difícil acesso, como becos e escadarias.
Mutirões de limpeza e visitas às residências também têm sido uma forma de eliminar os focos de proliferação do mosquito. A falta de cuidado dos moradores é um dos principais motivos para que o número de casos tenha aumentado.Adelson Arruda é coordenador de endemias em Coronel Fabriciano. Segundo ele, além das ações que a prefeitura realiza, é preciso colaboração de todos os cidadãos para que esse problema seja resolvido. “A cada 10 (dez) casas que estamos visitando, 9 (nove) possuem focos do Aedes aegypti. Os moradores também precisam se conscientizar e fazer a sua parte. Simples ações como tirar pneus, tampinhas e objetos que podem acumular água, já são um grande passo para ajudar no combate”, explica.
O aposentado Irion Soaresfoi diagnosticado com chicungunya. Ele conta que faz a sua parte, mas os vizinhos, não.“Há oito anos eu tive dengue e agora estou com chicungunya. Eu cuido do meu quintal direitinho, mas meus vizinhos não estão nem aí. Eu peço a compreensão de todos, pois eu não quero ficar doente de novo”, comenta.
O Secretario de Governança da Saúde, Ricardo Cacau, pede a colaboração de todos. “Já intensificamos as ações de combate, mas é fundamental que toda a população se conscientize e faça a limpeza de suas residências. Os maiores focos do mosquito estão lá, se os moradores não limpam os quintais, não adianta fazermos outras ações”, conclui.
Caso o moradores identifiquem qualquer sintoma dessas doenças, devem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para que o diagnóstico seja feito e o tratamento seja iniciado.