Um problema de acessibilidade às aeronaves da Azul Linhas Aéreas no Aeroporto Regional do Vale do Aço vem causando constrangimento, e até risco de possíveis acidentes, por falta de uma rampa de acesso ou elevador para quem é cadeirante ou tem dificuldades de subir e descer as escadas da aeronave.
O empresário Aílton Alves, que acompanhava sua mãe idosa em tratamento em Belo Horizonte, demonstrou preocupação como a forma que ela precisava acessar ou descer do avião.
“Na hora de subir quando está em uma cadeira de rodas, precisa vir cerca de quatro pessoas para carregar ela e a cadeira. Só de juntar essas pessoas já altera o estado emocional, foi o que aconteceu com minha mãe. A outra opção era ser carregada nos braços, o que também é constrangedor e com risco acidente”, relata Aílton Alves.
Para o empresário esse é um problema sério, mas aparentemente de fácil solução, pois uma rampa de acesso resolveria a questão. “Em alguns aeroportos existe essa rampa que facilita muito para o idoso e cadeirante, como em Confins, por exemplo, onde já a utilizamos. Acredito ser necessário uma rampa no aeroporto daqui. É importante lembrar que estamos em um importante polo metalmecânico, onde varias empresas fariam essa rampa”, sugere Aílton que lembra. “O tratamento da minha mãe em Belo Horizonte acabou, mas penso não apenas no constrangimento que ela passou, mas em todos os outros idosos com dificuldades de subir escadas ou cadeirantes”, alerta.
Infraero
A reportagem do jornal O Informante questionou a Infraero, órgão vinculada à Secretaria de Aviação Civil, que administra aeroportos brasileiros, quais ações poderiam ser realizadas para resolução do problema. Segundo a Infraero, o Aeroporto Regional do Vale do Aço, conta com instalações acessíveis no terminal de passageiros, como rampas, vagas prioritárias e banheiros adaptados. Ela destaca ser responsabilidade da Azul o embarque e desembarque das aeronaves.
“Conforme estabelecido na Resolução Nº 280, de 11 de julho de 2013, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), cabe às empresas aéreas prestar assistência aos passageiros com necessidade de assistência especial (PNAE) do deslocamento do balcão de check-in até a aeronave, incluindo o embarque e desembarque da aeronave. A norma também prevê que o operador aéreo é responsável por prover ajudas técnicas necessárias para a execução das assistências previstas na legislação”, diz a nota da Infraero. O órgão afirmou estar buscando soluções. “A Infraero está buscando junto à Azul uma solução para a questão,” esclareceu.
Azul
A reportagem também procurou a Azul Linhas Aéreas, expôs a situação e perguntou a empresa como poderia resolver o problema. A Azul enviou uma nota. “A Azul garante o atendimento prioritário ao PNAE (Passageiro com Necessidade de Assistência Especial) em todos os aeroportos em que opera, seja por meios próprios ou por acordo com empresas de serviços auxiliares ao transporte aéreo. Como previsto na resolução 280 da Anac, a companhia disponibiliza e opera equipamentos para ascenso e descenso da aeronave com segurança, possibilitando, inclusive, que os Clientes recebam o transporte pelo meio mais adequado, conforme o espaçamento da aeronave”, diz a nota sem aprofundar na resolução do problema no Aeroporto do Vale do Aço.