Proprietários e funcionários dos seis quiosques que serão inaugurados no próximo sábado (26), no Parque Ipanema, participaram nesta segunda-feira (21) de uma capacitação sobre Boas Práticas de Manipulação de Alimentos. O curso, oferecido pela Vigilância Sanitária de Ipatinga, aconteceu no Espaço Qualifica, no Centro, e marca uma nova etapa de atendimento ao público no espaço que é o principal cartão postal da cidade, tendo em vista também inúmeros problemas de higiene verificados nas barracas que antes funcionavam ilegalmente no local.
A gastronomia é um ramo de negócios cada vez mais exigente, e a manipulação de alimentos correta se constitui em pré-requisito para a boa administração dos estabelecimentos que preparam comidas. Com o aspecto gastronômico, os quiosques do Parque Ipanema entram em um novo contexto de lazer e entretenimento proposto pela administração municipal. Um espaço que oferece ao público estabelecimentos adequados com observação de fatores não apenas técnico-legais e paisagísticos, mas também sanitários.
Mas, afinal o que são essas “Boas Práticas”? São técnicas de higiene que devem ser obedecidas pelos manipuladores desde a escolha e compra dos produtos a serem utilizados no preparo do alimento até a venda para o consumidor. O objetivo é evitar a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de alimentos contaminados. Entre vários tópicos estudados, os profissionais puderam aprender sobre como preparar e transportar os alimentos com higiene; como deve ser o local de trabalho; os cuidados que devem ser tomados com a água e destinação do lixo.
Vivian Araújo Bragança é proprietária de um dos quiosques. Por estar atuando pela primeira vez no ramo alimentício, a comerciante considera que o curso é de extrema necessidade para fazer diferente do que anteriormente existia no Parque Ipanema. “A gente falava muito sobre as condições de higiene das antigas barraquinhas, e o que queremos oferecer para os frequentadores do Parque é comida e bebida de qualidade e de forma correta. O público está exigente, e quando a gente se propõe a comercializar alimentos, devemos pensar na saúde primeiramente”, entende.
Nova realidade
Rômulo Anício, gerente da Seção de Vigilância Sanitária, explica que o curso é uma forma de educação para que o alimento a ser servido seja com qualidade, segurança e adequado para o consumo. “Nós ensinamos a lavar as mãos, usar roupas, alimentos e temperatura adequados, e esses cuidados são necessários para que a alimentação seja com qualidade e com nutrientes para as pessoas que estão consumindo. O que nós tínhamos não tinha nenhuma condição de funcionamento, e agora a administração da cidade está oferecendo o melhor padrão que há”, disse, lembrando também que muitas práticas outrora adotadas foram aperfeiçoadas com o tempo.
“Muitas pessoas questionam o fato de alimentos serem manipulados de outras formas, em tempos passados, e ninguém ter ‘morrido’. Mas hoje, com a disseminação de doenças no mundo todo, os cuidados têm que ser diferentes”, enfatizou Rômulo.