Atualmente Ipatinga se destaca como uma cidade de oportunidades
Entre os séculos XVI e XVII, pessoas seguiam pela região à procura de ouro e materiais de valor. A descoberta de ouro na região central de Minas Gerais fez com que vilas e povoados crescessem em locais que até então eram habitados apenas pelos índios Botocudos. O desbravamento dessas terras foi proibido no começo do século XVII, a fim de evitar o contrabando do ouro extraído de Diamantina.
Anos depois o povoamento foi liberado, e os primeiros colonos chegaram a região de Ipatinga e o atual Vale do Aço, vieram de Sant’Ana do Alfié, pela Serra da Vista Alegre. Atravessando o Rio Piracicaba, abriram em sua margem esquerda e apossaram do lugar depois conhecido por Sítio Velho, nas cercanias da atual Usiminas.
Durante o mandato de Dom Pedro I do Brasil, bandeirantes estiveram na região, onde constataram a presença de indígenas. Até o século XX a área de Ipatinga não teve significativa colonização. Por volta de 1920, já existiam pequenos núcleos habitacionais nos atuais bairros Barra Alegre, Ipaneminha, Taúbas e Bom Jardim, frutos de apossamentos de terras ou, no caso do Ipaneminha, pontos de parada de uma estrada por onde passavam tropeiros rumo a Ouro Preto e Diamantina.
EFVM
No início do século XX, as principais atividades econômicas eram a agricultura de subsistência e a pecuária. No ano de 1901, para a criação da Estrada de Ferro Vitória-Minas – EFVM, o engenheiro Pedro Nolasco foi contratado para planejar uma estrada margeando o Rio Doce, que fosse desde o Porto de Vitória até a cidade de Diamantina. Sete anos mais tarde, um estudo comprova o alto teor de ferro nas jazidas de minério de Itabira. O interesse internacional dos ingleses mudou o projeto original da ferrovia, para facilitar o escoamento da produção para o Porto de Vitória, pelo qual seria levada em direção à Europa.
Com a construção da Estrada de Ferro Vitória-Minas, começaram a chegar pessoas para Ipatinga e região. Através dos trilhos da estrada de ferro, fixaram-se na região, além dos operários, viajantes de várias partes de Minas Gerais e outras regiões do Brasil.
Em 22 de agosto de 1922, foi inaugurada a Estação Pedra Mole, a primeira da cidade. José Fabrício Gomes, explorador de matas, se fixou na região, com a intenção de explorar madeira. Pouco tempo depois, as terras foram repassadas a José Cândido de Meire, tendo este aumentado a atividade de extração de madeira. Logo após, Alberto Giovannini transformou o local numa fazenda de gado, construindo uma boa casa e, aproveitando o solo fértil, ocupou-se do cultivo de lavoura, atraindo colonos para o trabalho na fazenda.
No ano de 1930, o trajeto da EFVM foi alterado. A Estação de Ipatinga (atualmente Estação Memória) foi construída para substituir a de Pedra Mole, que desabou em virtude da instabilidade do terreno junto a dois cursos hídricos.
Indústria
A vocação siderúrgica da região iniciou-se em 31 de outubro de 1944, quando foi inaugurada no hoje município de Timóteo a antiga Acesita, atual Aperam. Dessa época também é a elevação de Ipatinga ao distrito de Cel Fabriciano. Oito anos mais tarde, uma delegação japonesa visita o então distrito de Ipatinga, sendo escolhido como sede da instalação da Usiminas em 25 de abril de 1956, data que hoje é considerada como o dia oficial da fundação da empresa.
Para essa decisão, foi levada em conta aspectos como a topografia apropriada, pequena distância entre as fontes de matéria-prima e os centros consumidores, facilidades dos recursos hídricos, abundância de energia elétrica, pessoal especializado, malha ferroviária local e proximidade com outros centros siderúrgicos.
Com as notícias da construção da siderúrgica, foi volumosa a chegada de novos moradores, antes de sua instalação. Isso aumentou a necessidade de um planejamento urbano para a cidade. Os empregados da empresa foram instalados em acampamentos improvisados, distribuídos por toda a extensão do distrito. No dia 26 de outubro de 1962, o então presidente do Brasil, João Goulart, inaugurou a Usiminas.
Emancipação
Com o rápido crescimento, se tornou fundamental que Ipatinga tivesse autonomia administrativa. O distrito dependia diretamente dos interesses da sede Cel Fabriciano. Depois de idas e vindas no processo de emancipação política, o governador Magalhães Pinto, em função de um rompimento com o prefeito de Cel. Fabriciano,Cyro Cotta Poggiali, autorizou e efetivou a emancipação política de Ipatinga, assim como de Timóteo.
O anúncio foi realizado no centro de Fabriciano no dia 28 de abril, e oficializada com a publicação no Diário Oficial do dia seguinte, 29 de abril.
Fontes: Sites oficiais municipais, Wikipédia, IBGE e documentos históricos