Timóteo lança programa de acolhimento para crianças em situação de vulnerabilidade

Power Race reuniu cidadãos comuns para a disputa de diversas modalidades
Power Race movimenta populares no Parque Ipanema, em Ipatinga
16 de agosto de 2021
Escolas de rede municipal de ensino em Ipatinga se destacam nacionalmente
Escolas de Ipatinga se destacam em Olimpíadas Brasileiras
17 de agosto de 2021

Timóteo lança programa de acolhimento para crianças em situação de vulnerabilidade

PMT lança programa de assistência para menores de idade

PMT lança programa de assistência para menores de idade

A Prefeitura de Timóteo, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, lançou na manhã desta terça-feira (17) o Programa Bem Me Quer – Família Acolhedora que tem como objetivo, como o próprio nome diz, acolher crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e que precisem de um lar provisório.

Participaram da solenidade o prefeito de Timóteo Douglas Willkys; o vice-prefeito e secretário municipal de Educação, José Vespasiano Cassemiro, o Professor Vespa; o promotor de Justiça e coordenador regional da Coordenadoria dos Direitos da Criança e Adolescente do Vale do Rio Doce, Marco Aurélio Romeiro Alves Moreira; a assistente social e doutora Jane Valente; o prefeito de Marliéria, Hamilton Lima; a secretária municipal de Assistência Social, Rosanna Borges, além de representantes do Conselho Municipal da Criança, do Conselho Tutelar, líderes religiosos, dentre outros. Todas as medidas sanitárias como o uso de máscaras, álcool 70° e distanciamento para evitar aglomeração foram respeitados durante o evento que ocorreu no auditório da prefeitura.

Rosanna Borges lembrou que existe uma lei desde 2010 que prevê a implantação do serviço de acolhimento familiar, mas que só agora está sendo implementada no Município. “É muito importante esse programa para crianças e adolescentes que, por algum motivo, precisem ser afastadas do convívio da família de origem; agora elas passam a contar com mais essa possibilidade”, cita a secretária, lembrando que o acolhimento é provisório por um período de no máximo 18 meses, após a autorização da Justiça.

O Município de Timóteo já conta com acolhimento institucional. Atualmente 25 crianças/ adolescentes estão acolhidas no Instituto Presbiteriano Êxodo – IPÊ e no Serviço Municipal de Acolhimento.  Para participar do programa a família interessada pode se inscrever por meio do portal da Prefeitura de Timóteo. Após ser selecionada, a família é capacitada e passa a receber a criança e/ou adolescente assim que a Justiça autorizar o acolhimento através de um termo de guarda. Cada família participante tem direito a receber uma bolsa auxílio no valor de um salário mínimo que deve ser usada exclusivamente nas despesas com a criança e/ ou adolescente acolhido.

Durante a sua fala, o prefeito Douglas Willkys ressaltou que o trabalho feito pela equipe da Secretaria de Assistência Social fazem toda a diferença e que a presença de representantes de diferentes setores organizados da sociedade demonstra o esforço conjunto para melhorar ainda mais um serviço que já é referência para toda a comunidade. 

“Sei o quão importante é uma criança e um adolescente receber apoio e não ser tratada como um problema. Nada supera o poder de uma família em moldar o caráter de um cidadão. É com muita responsabilidade que recebemos esse desafio de convencer as famílias timoteenses a fazerem a diferença na vida de crianças e adolescentes que precisam de apoio num momento de dificuldade. Espero que essa iniciativa também sirva de exemplo para outras cidades”, pontuou o prefeito Douglas Willkys.

Pioneirismo

O promotor de Justiça Marco Aurélio Romeiro Alves Moreira destacou o pioneirismo do Município de Timóteo ao implantar o programa Bem Me Quer – Família Acolhedora. “Temos que parabenizar o Município de Timóteo pela iniciativa de oferecer esse programa que proporciona vínculos afetivos para crianças e adolescentes; e isso só uma família pode oferecer”, destacou.

Na avaliação da doutora Jane Valente para que este serviço de acolhimento familiar tenha sucesso é preciso o envolvimento de todos, incluindo o Município, a Justiça, o Ministério Público, as lideranças religiosas e comunitárias. Para a assistente social e autora de livros sobre o tema, a criança e o adolescente são prioridade na proteção social e por isso é importante criar uma cultura de famílias acolhedoras.

Jane, que atua há 40 anos como profissional da Assistência Social e há 23 anos especificamente com acolhimento familiar, também destacou a relevância de fazer investimentos contínuos para melhorar cada vez mais a qualidade do serviço oferecido. “Trata-se de uma medida protetiva para receber crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, sendo uma criança abrigada por família ou grupo de irmãos”, citou, acrescentando que o acolhimento familiar deve prevalecer ao acolhimento institucional.

Números

Segundo dados de 2018 apresentados por Jane Valente o Brasil possui 2.834 unidades institucionais de acolhimento, 31.769 crianças/adolescentes acolhidos, sendo que 40% desse público ficam até seis meses nas instituições. Já o serviço de acolhimento familiar conta com 332 serviços de acolhimento, 1.377 crianças/adolescentes acolhidas, 1.625 famílias receptivas e 82,5% ficam até seis meses abrigados em casas de famílias.

Fonte: Assessoria de Imprensa PMT

Os comentários estão encerrados.