Plantar florestas e manter áreas preservadas em bom estado de conservação, incluindo todos os componentes ambientais (fauna, flora, recursos hídricos, relações ecológicas e evolutivas), é uma questão quem requirido a atenção da CENIBRA.
Nesse sentido, a Empresa desenvolve uma série de ações para monitorar parâmetros ambientais que sirva como indicador de qualidade para avaliar e acompanhar suas atividades operacionais. Programas de monitoramento e conservação da água, solo, fauna e flora são desenvolvidos em parceria com universidades, organizações não-governamentais e empresas especializadas. Os resultados são considerados no planejamento das atividades operacionais, bem como na definição de estratégias de conservação e proteção do patrimônio natural da Empresa, composto por mais de 105 mil hectares de matas nativas.
Dentre os programas em operação, destaca-se o Programa de Monitoramento e Conservação da Fauna. Desenvolvido desde 2003, o programa já possibilitou o registro de 394 espécies de aves e 69 espécies de mamíferos presentes nas áreas da CENIBRA. Desses, 28 espécies de aves e 15 espécies de mamíferos encontram-se relacionadas em listas oficiais de animais ameaçados de extinção.
Por meio de uma parceria estabelecida com o Centro de Conservação dos saguis-da-serra, sediado na Universidade Federal de Viçosa (CCSS-UFV), a CENIBRA desenvolve desde 2020 o Projeto de Monitoramento e Conservação do sagui-da-serra (Callithrix flaviceps), espécie criticamente ameaçada de extinção pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). O projeto tem como principais objetivos a realização do levantamento populacional; estudos sobre comportamento, hábito alimentar e uso de habitat; levantamento das principais ameaças à espécie; e ações de manejo necessárias à conservação do sagui-da-serra.
A identificação e observação continuada de populações do sagui-da-serra evidencia que as práticas de manejo adotadas pela CENIBRA, refletidas na qualidade ambiental de suas áreas, permitem que espécies da fauna silvestre brasileira, sobretudo daquelas consideradas dependentes florestais, possam cumprir seu ciclo ecológico, garantindo a manutenção de populações autóctones viáveis. “Vale ressaltar, ainda, que o sagui-da-serra é uma espécie endêmica restrita a um trecho pequeno de Mata Atlântica do sudeste do Brasil e, por isso, é uma espécie naturalmente rara”, explica Edson Valgas de Paiva, biólogo e especialista do Departamento de Meio Ambiente e Qualidade.