Na live desta semana do projeto Oficinas Culturais – Trocas Coletivas o dramaturgo, ator e professor de teatro Raysner de Paula, conversa com Claudinei de Souza, diretor de produção do Oficinas Culturais e Barbara Pavione e Leo Coessens, integrantes do grupo Coletivo Aberto, de Ipatinga. Dramaturgias e infâncias, diálogos e narrativas da contemporaneidade é o tema do bate papo, que começa às 20h, do dia 28 de outubro, quarta-feira e pode ser assistido no canal do projeto no You Tube: Oficinas Culturais Ipatinga, com direito a envio de perguntas pelo chat.
Graduado em Teatro pela UFMG em 2014, Raysner de Paula desenvolve trabalhos como pesquisador, dramaturgo, ator e professor de teatro de crianças e jovens. É um dos fundadores do grupo Mamãe tá na Plateia, além de transitar por outros grupos e coletivos desenvolvendo trabalhos artísticos como o texto do espetáculo “Remundados”, para o grupo Boca de Cena/SE; “Quem é você?”, para o grupo Toda Deseo/MG; “Danação”, solo de Eduardo Moreira, do grupo Galpão; atuação na peça “Dente de Leão”, do grupo Espanca e o texto do espetáculo “Ópera de Sabão”, do grupo Maria Cutia que recebeu, em 2017, o prêmio de “Melhor texto original” na premiação promovida pelo SINPARC/COPASA.
Como é praxe no projeto Oficinas Culturais – Trocas Coletivas a curadoria é compartilhada com grupos e entidades do Vale do Aço, que indicam os participantes de cada edição. Raysner foi indicado pelo Coletivo Aberto, grupo de Ipatinga que desenvolve trabalhos voltados para crianças e adolescentes. De acordo com Bárbara Pavione, atriz e membro do Coletivo Aberto, o grupo vem pesquisando sobre as dramaturgias voltadas para infâncias, há um bom tempo. Foi ai que deparamos com dois textos do Raysner: Trumaré, um solo publicado no livro Por quê? Coleção Teatro Contemporâneo, da editora Javali; e Quem é você? Escrito para o grupo Toda Deseo/MG. Ficamos entusiasmados com sua escrita dramatúrgica. Ela é poética, valoriza o espectador, a criança enquanto agente ativa no espetáculo. Acredito que a escrita dramatúrgica dele está diretamente ligada com a experiência como arte educador, em que desenvolve um trabalho voltado para experimentação de novas linguagens e valorização de fala desse público, destaca Bárbara.
Para ator Léo Coessens, também do Coletivo Aberto, pensar as formas de se comunicar e criar possibilidades de troca e experiência com o público infantil é urgente e necessário nestes tempos em que todos, grandes ou pequenos, somos atravessados por informações e bombardeados com imagens o tempo todo. Leo avalia que precisamos discutir a dramaturgia enquanto potência crítica e estética, em um contexto que geralmente associa a arte para as infâncias somente ao didatismo, ao moralismo ou ao recreativo, subestimando seu público e esgotando quaisquer outras possibilidades da experiência artística. Precisamos olhar para a infância como um território amplo, múltiplo, político, poroso e fértil, destaca Coessens.
O Oficinas Culturais – Trocas Coletivas continua em novembro recebendo ícones da cena mineira e nacional das artes cênicas. Presença confirmada de Grace Passô, Ana Botafogo, Márcio Abreu, Michel Melamed e Bia Lessa. O projeto é uma realização do dramaturgo, ator e diretor Claudinei de Souza. Conta com patrocínio da Usiminas, Pedreira Um Valemix e Valemassa, apoio do Instituto Usiminas e Fundação Vovô João Azevedo. O Incentivo é do Governo do Estado de Minas Gerais por meio da Lei estadual de Incentivo à Cultura. Informações pelos telefones (31) 98883 – 3142, (31) 99966 – 4166 e (31) 98662 – 4085.
Serviço:
Oficinas Culturais – Trocas Coletivas 20 anos
Local: Youtube – Oficinas Culturais Ipatinga
Dia 28 de outubro, às 20h – Live com Raysner de Paulo, com participação de Barbara Pavione e Leo Coessens.
Tema: Dramaturgias e Infâncias: Diálogos e Narrativas da Contemporaneidade