Coronel Fabriciano está mais perto de assegurar a implantação do Porto Seco – Plataforma Multimodal, a ser instalada na área destinada ao Distrito Industrial II, no limite com Timóteo. A informação foi confirmada pelo prefeito Marcos Vinícius, que participou na última terça-feira, 11, do 1º Workshop do Plano Estratégico Ferroviário de Minas Gerais, na capital mineira.
“Dentre as 60 propostas recebidas pelo governo estadual, a de Fabriciano está em segundo lugar entre as estratégias a serem priorizadas no plano estratégico ferroviário de Minas. Temos grandes chances de avançar, assegurar os investimentos necessários e viabilizar o projeto nos próximos anos”, afirma o prefeito.
Ele ainda explica que a proposta do Porto Seco de Fabriciano é a única nesta modalidade, no Eixo Vitória-Minas, e tem importância estratégica para o Vale do Aço, que por sua vez, é um dos principais polos siderúrgicos do país e, portanto, de grande importância econômica no Estado. “Agora é trabalhar para viabilizar o Distrito Industrial II em Fabriciano e fazer gestão junto aos governos Federal e Estadual para efetivar a iniciativa”, analisa.
O 1º Workshop do PEF foi realizado pela Secretaria Estadual de Infraestrutura, Fundação Dom Cabral (FDC) e Comissão Extraordinária Pró- Ferrovias Mineiras, presidida pelo deputado estadual João Leite. O objetivo foi divulgar o levantamento e análise preliminar dos principais projetos que serão priorizados na implantação e operação de uma nova estrutura ferroviária em Minas Gerais.
As propostas foram apresentadas no auditório do DER-MG, em Belo Horizonte, para cerca de 180 convidados, entre representantes da sociedade civil, do Poder Legislativo e de entidades ligadas ao setor. Os estudos foram patrocinados pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e elaborados pela Fundação Dom Cabral (FDC).
PORTO SECO E DISTRITO INDUSTRIAL II
O Porto Seco – Plataforma Multimodal, pleiteado pela Prefeitura de Coronel Fabriciano, seria instalado na área destinada ao Distrito Industrial II, próximo à Ponte Mauá, no limite com Timóteo. O município já disponibilizou um local estratégico – com aproximadamente 100 mil m², acesso à BR 381 e próximo a siderúrgicas, como Aperam.
O equipamento funcionará anexo ao Distrito Industrial II, cujo projeto prevê capacidade para instalação de até 200 empresas e já está em negociações avançadas.
O projeto também já foi apresentado audiência pública promovida pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), em 2018, no Vale do Aço, para debater a prorrogação da concessão da estrada de ferro à Vale. O projeto tem custo estimado em R$ 25 milhões, como medidas compensatórias e mitigatórias aos impactos decorrentes da presença da ferrovia Vitória-Minas na cidade.
O valor do projeto global, reivindicado por Fabriciano, contempla ainda construção de muro de vedação, passarelas e instalação de cancelas ao longo da ferrovia no trecho urbano.