Os transtornos decorrentes das fortes chuvas que atingem o município de Timóteo desde a semana passada não incluem apenas os danos materiais decorrentes das inundações e deslizamentos de terra, mas também o risco de proliferação de doenças de veiculação hídrica, acidentes com animais peçonhentos, doenças infecto-contagiosas, tétano, leptospirose, além do aumento do número de casos de arboviroses.
A população deve evitar o acúmulo de água em vasilhames, latas, garrafas pet, copos descartáveis, vasos de planta, pneus, entre outros. Em Timóteo, as condições climáticas contribuíram para o aumento do número de focos que alcançou o índice de 7,4%, apurado pela pesquisa do LIRAa. Nesta terça-feira (28), os integrantes do Comitê Interinstitucional de Combate às Arboviroses se reunirão para discutir a efetivação das ações previstas para o Plano de Contingência. O encontro acontecerá às 14h, na sala de reuniões da Secretaria de Saúde e Qualidade de Vida de Timóteo.
“Discutiremos as principais ações para reduzir esse índice, que incluirão atividades de conscientização junto à comunidade; bloqueios de transmissão e mutirão de limpeza. A participação da população é fundamental no controle do mosquito transmissor, uma vez que a maioria dos focos foram encontrados dentro das residências, principalmente em vasos de planta, copos descartáveis e utensílios abandonados nos quintais”, relata a coordenadora de Vigilância em Saúde, Madalena Rodrigues.
O valor apurado do LIRAa é 0,9% maior do que o índice registrado em janeiro de 2019 (6,5%). “O crescimento do índice de infestação é considerado normal neste período por conta das chuvas e do calor, que favorecem a eclosão dos focos, porém o resultado coloca o município em situação de alerta”, explica a coordenadora. Em agosto e outubro de 2019, o índice ficou em 4,3%, considerado também de alto risco.
O levantamento do Índices Rápido de Infestação foi realizado por cerca de 40 agentes de combate às endemias, abrangendo todos os bairros do município. Apesar do índice do LIRAa estar elevado, no momento o número de notificações é considerado baixo. Dados de anos anteriores registraram que, em 2018 foram notificados 623 casos suspeitos de dengue e em 2019 301 casos.
Para Zika, em 2018 foram 18 casos suspeitos e em 2019, 11 casos. E para Chicungunya, em 2018, foram 1045 casos notificados e em 2019, 99 casos.Em janeiro de 2020, foram registradas 23 notificações até o momento.
Fonte : PMT