Contato com a água da chuva requer cuidados com a saúde, adverte secretaria de Ipatinga

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Contato com a água da chuva requer cuidados com a saúde, adverte secretaria de Ipatinga

Animais como escorpião, cobras e aranhas procuram lugares secos para se abrigar; incidência aumenta nas proximidades das casas

Animais como escorpião, cobras e aranhas procuram lugares secos para se abrigar; incidência aumenta nas proximidades das casas

As chuvas intensas registradas no último fim de semana em Ipatinga trazem mais uma preocupação: o aumento de casos de leptospirose, doença causada por uma bactéria presente na urina do rato que normalmente se espalha pela água suja de enchentes e esgotos. O principal transmissor é o rato. No entanto, outros animais contaminados, como cães, por exemplo, podem propagar a doença da mesma forma.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta que a população deve ficar atenta e procurar atendimento médico em caso de sintomas como febre; dor muscular, principalmente nas panturrilhas; dor de cabeça; amarelão nos olhos e um quadro de conjuntivite sem secreção surgirem no período de 7 a 14 dias após o contato com água de chuva.

Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, Mara Fernanda Andrade, o aumento das chuvas e o contato com água pode aumentar os riscos de aparecimento de doenças como leptospirose, hepatites infecciosas, diarreias agudas, febre tifoide, dengue, chikungunya, zika, doenças dermatológicas e respiratórias infecciosas, além de acidentes por animais peçonhentos.

“Com toda essa chuva, há um aumento no volume de água dentro das canalizações e, com isso, cresce a presença de agentes infecciosos que podem causar danos à saúde da população. Os cuidados são basicamente em relação à água e alimentos consumidos, além da higiene pessoal e do ambiente. A atenção quanto ao destino das fezes e do lixo também deve ser redobrada neste período chuvoso”, orienta.

Para evitar maiores problemas, o Departamento de Vigilância alerta sobre cuidados que devem ser tomados. A principal medida de prevenção é evitar o contato direto com a água contaminada (de inundações ou enchentes). “Mas nem sempre isto é possível. Por isso recomenda-se que, antes de entrar na água, a pessoa coloque botas ou use alguma outra forma de proteção. Isso porque, em enchentes, a água entra nos bueiros, onde inevitavelmente tem urina de rato, e essa água volta para a rua contaminada”, explica Mara.

 

Práticas simples

No caso de imóveis invadidos pela enchente, após a retirada da água é preciso realizar a limpeza. Para desinfecção, basta usar uma solução de um litro de água sanitária para cada quatro litros de água, umedecer os panos e limpar cada ambiente, retirando a lama e lavando o chão, paredes e objetos. Vale ressaltar que, após o contato com a água contaminada, a pessoa deve sempre lavar-se com água e sabão e usar álcool para ajudar a eliminar as bactérias.

 

Cuidados com alimentos

Durante o período, os cuidados com os alimentos também precisam ser redobrados. A presença de roedores, insetos e outros animais pode aumentar os riscos de contaminação. Os alimentos devem ser mantidos devidamente acondicionados em latas ou recipientes fechados, fora do alcance desses animais.

Já os alimentos como verduras, frutas, carnes, ovos, grãos e cereais que tiveram contato com as águas de enchente devem ser inutilizados, pois sofrem transformações quando em contato com elas e se contaminam facilmente.

 

Animais peçonhentos

Mesmo podendo acontecer durante todo o ano, é com a chegada do período de calor e chuvas que aumenta a probabilidade para a ocorrência de acidentes com animais peçonhentos. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, em épocas de chuvas animais como escorpião, cobras e aranhas procuram lugares secos para se abrigarem, aumentando sua incidência nas proximidades das casas.

“O que a gente orienta é sempre bater colchões antes de usá-los e sacudir cuidadosamente roupas, sapatos, toalhas e lençóis; sempre proteger as extremidades do corpo ao limpar a casa”, orienta.