Evento reuniu marujos de Coronel Fabriciano, Guanhães e Peçanha, municípios contemplados com o projeto de resgate e fortalecimento da tradição cultural e religiosa afro-brasileira, numa grande festa de Congados e Marujeiros, foi promovida no último dia 6, no Clube Campestre Cachoeira das Pombas, em Gunhães, no encerramento do projeto Memórias e Cores.
Aberto às 8h, o evento durou até o pôr do sol reunindo cerca de 150 congadeiros das cidades de Coronel Fabriciano, Guanhães e Peçanha, além de outras pessoas dessas localidades, incluindo representantes dos governos municipais.
Em seu pronunciamento, a prefeita de Guanhães, Dóris Campos, destacou a importância do projeto Memórias e Cores, “que levou beleza e alegria para Guanhães, fortalecendo uma tradição que não pode acabar. Esse projeto, de cunho social, cultural e artístico, é o olhar carinhoso da Cenibra sobre nossa cidade”, dessertou.
Júlio Madeira, representando a Coordenadora de Comunicação do Instituto Cenibra, Leida Horst, e o assessor do diretor-vice-presidente, Toshiki Kurahashi, disse que a Cenibra tem orgulho em apoiar o Memórias e Cores, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, que promoveu o engajamento e a motivação do resgate e preservação do patrimônio imaterial das três cidades beneficiadas com o projeto. Júlio enfatizou que, além dessa iniciativa, a empresa de celulose desenvolve outras muitas ações culturais, sociais e ambientais, totalizando 48 projetos distribuídos em 54 municípios de sua atuação.
A Secretária de Educação e Cultura de Peçanha, Maria de Lourdes, sublinhou que o Memórias e Cores vem assegurar a permanência da tradição do congado em cena, bem como a sua transmissão para outras gerações que ações fundamentais para o desenvolvimento das comunidades”, finalizou.
O Secretário de Governança de Coronel Fabriciano, Homero Quinete, disse que fica feliz por ter a Cenibra como parceira do governo municipal, “uma empresa que tem responsabilidade social para com as áreas onde ela está presente. Um projeto dessa envergadura, que vai perpetuar tradições importantes do nosso folclore, tem um valor imenso para toda a sociedade”, destacou.
A pesquisadora, historiadora, professora e folclorista ouro-pretana, Deolinda Alice dos Santos, desejou força a todos os grupos para que se mantenham no propósito de perpetuar a tradição do congado. Ela parabenizou a todos que contribuíram para a realização do Memórias e Cores, sublinhando que a cultura é um ótimo caminho para todos, principalmente para os jovens, “para que não se percam em meio ao que pode tirar deles a vida no sentido mais amplo da expressão.
Após o cerimonial, que contou com tradução em libras, os grupos de congados de Coronel Fabriciano, Guanhães e Peçanha se apresentaram na área do campo do clube.
Finalizando o evento, foram distribuídas cartilhas sobre o Memórias e Cores, trazendo uma breve história do congado e dos grupos participantes do projeto. Os livros foram também produzidos em braille. Parte dos exemplares foi destinada à secretaria de Educação de cada município contemplado com o o projeto.
RESGATE E FORTALECIMENTO
O projeto Memórias e Cores nasceu com o propósito de resgatar e fortalecer grupos de congados e marujeiros de Minas. O projeto foi realizado em várias etapas, realização de oficinas para os congadeiros, que desenvolveu com os grupos o tema Preservação e Resgate do Patrimônio Imaterial, numa abordagem da história do Congado e outras tradições relacionadas à religiosidade do povo brasileiro.
Ao final do estudo, Deolinda orientou os grupos no processo de produção de um estandarte com a estampa do santo padroeiro de cada grupo.
Os congadeiros também participaram de uma Oficina de Arte e Criação de Indumentárias, ministrada pela artista visual, Rosane Dias, que coordenou estudos sobre figurinos típicos do Congado e atividades práticas para a confecção de capacetes.
PRODUÇÃO
O projeto Memórias e Cores, uma realização de MC Produção e Ministério da Cidadania, é patrocinado pela Cenibra, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, e traz em sua equipe de produção Éderson Caldas.
Assessoria