General brasileiro diz que combate ao ebola é “prioridade máxima”

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General brasileiro diz que combate ao ebola é “prioridade máxima”

A healthcare worker sprays a room during a funeral of  Kavugho Cindi Dorcas who is suspected of dying of Ebola in Beni, North Kivu Province of Democratic Republic of Congo, December 9, 2018.   REUTERS/Goran Tomasevic         TPX IMAGES OF THE DAY

A healthcare worker sprays a room during a funeral of Kavugho Cindi Dorcas who is suspected of dying of Ebola in Beni, North Kivu Province of Democratic Republic of Congo, December 9, 2018. REUTERS/Goran Tomasevic TPX IMAGES OF THE DAY

O general brasileiro Elias Rodrigues Martins Filho, que comanda a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco), diz que as ações para maximizar o combate ao vírus ebola no país são uma prioridade.

“Uma crise dessas [do vírus] pode causar muito mais mortes do que os próprios combates na região. E é por isso que nós estabelecemos o suporte à crise do ebola como a nossa prioridade máxima na área da missão,” explicou.

O oficial graduado do Brasil lidera as ações para proteger a população de atividades de dezenas de grupos armados no país. Mas, segundo ele, a “maior complexidade” da operação de paz atualmente é atuar ao mesmo tempo na defesa dos trabalhadores humanitários que apoiam o combate ao surto de ebola. Desde agosto de 2018 a doença afeta as áreas do leste do país.

Técnicas

Falando à ONU News, em Nova York, o general destacou que no contexto particular congolês devem ser aplicados conhecimentos que vão além das puras técnicas e táticas militares. Um total de 15.134 soldados e 600 observadores militares internacionais atuam no país.

“Nós temos desdobrado tropas adicionais nas áreas onde esse vírus está sendo combatido, com dois objetivos principais. Primeiro, proteger os oficiais humanitários, porque eles são os líderes nesse processo. Eles estão lá vindos do mundo inteiro, conduzindo os seus trabalhos num ambiente operacional difícil e muitas vezes sofrendo hostilidades da própria população”.

“Num segundo momento, as nossas tropas estão lá para combater os grupos armados que atuam no país e que, desrespeitando todo esse processo, vêm atacar a própria população e em particular, os próprios trabalhadores humanitários,” comentou o general

Atividades militares

Para o comandante, atuar para maximizar o combate à doença e minimizar a ação de grupos armados significa melhorar a execução de atividades militares, “principalmente nas áreas de Beni e Butembo.”

“Nós temos sido, eu diria, bastante eficientes na proteção desses trabalhadores humanitários, tanto na região de Beni como agora em Butembo, mas é algo que demanda uma atenção toda especial.

Em abril, ocorreram em Butembo vários ataques a funcionários e instalações de saúde. Em uma dessas ações, morreu o médico Richard Mouzoko, especialista no combate à doença.

Agência Brasil