Eleições presidenciais com opções, dúvidas e incoerências

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Eleições presidenciais com opções, dúvidas e incoerências

Editorial –

Nas eleições do dia 07 de outubro ainda há muitas indefinições. No cenário nacional, desde as eleições de 1989 que contou com 22 candidatos a presidente, esse é o pleito com maiores opções.

A partir de 1994 as disputas afunilavam entre dois candidatos com chances reais de vitória. Nesse ano, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu a eleição com 54,3% no primeiro turno,Lula (PT) foi o segundo com 27,1%, o terceiro colocado foi Enéias (Prona) com 7,38%. Em 1998 Fernando Henrique (PSDB) novamente venceu no primeiro turno com 62,59%, Lula (PT) ficou em segundo com 37,41%, o terceiro colocado foi Ciro Gomes (PPS) com 10,97%.

Em 2002 Lula (PT) com 61,27% venceu no segundo turno José Serra (PSDB) que ficou com 38,72%, o terceiro colocado nessa eleição foi Anthony Garotinho (PSB) com 17,86%. Em 2006 Lula (PT) venceu no segundo turno Geraldo Alckmin (PSDB) com 60,83% contra 39,17%, a terceira colocada foi Heloísa Helena (PSOL) com 6,85%.

Já em 2010 Dilma Roussef (PT) com 56,05% venceu no segundo turno José Serra (PSDB) que alcançou 43,95%, Marina Silva (PV) com 19,33% foi a terceira na disputa. Em 2014, Dilma Rousseff (PT) venceu Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, foi 51,64% contra 48,36%, a terceira colocada foi novamente Marina Silva (PSB) com 21,32%. Nos últimos 29 nos, o PRN venceu uma eleição, o PSDB duas e o PT quatro últimas.

Com os referidos dados acima é possível algumas conclusões como: mais de 24 anos de disputas entre PT x PSDB pelo comando do poder executivo; terceiros colocados distantes dos dois primeiros e sem projeção de crescimento para ganhar as eleições seguintes; e principalmente, mais do mesmo, independente de quem é melhor ou pior.

Nessa eleição de 2018 a disputa está mais dispare com projetos distintos e candidatos com diferentes experiências, o que promove um cenário político no primeiro turno além de “um contra o outro”.

Tal contexto aumenta ainda mais a responsabilidade do eleitor, que precisa diante tantas oportunidades, se informar melhor sobre o projeto de governo de cada candidato, e não apenas se deixar levar pela superficialidade de um discurso programado.

Nas disputas anteriores as pesquisas de opinião ajudaram a definir as eleições, pois muitos votavam em quem estava à frente para não “perder o voto”, contudo, essa perda se dá realmente quando o cidadão vota sem convicção, sem ter a certeza que sua decisão é baseada em estudo criterioso no melhor projeto para o país.

Na atual corrida eleitoral para presidência há um fenômeno novo, eleitores estão acenando votar em determinado candidato apenas para tentar impedir o crescimento ou vitória de outro, uma escolha baseada em menor rejeição e não na melhor escolha.

Vale ressaltar que independente do esforço individual de cada cidadão no seu dia a dia, o Brasil só vai melhorar através de políticas públicas eficientes, e para isso, só existe um caminho, o voto consciente. Para o dia 07 de outubro há vários perfis como: empresários, ex ministros, extrema esquerda, extrema direita, centro direita, centro esquerda, políticos ficha limpa, ficha suja, experientes, novatos, indicados por padrinhos e aqueles que vivem pulando de um partido para outro, enfim, opções há, o risco é faltar senso crítico ao eleitor.

Márcio de Paula - Editor

Márcio de Paula – Editor

 

Márcio de Paula – Editor