Os impactos da Copa no comércio do Vale do Aço

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Os impactos da Copa no comércio do Vale do Aço

Foto: Paulo Sérgio de Oliveira

Foto: Paulo Sérgio de Oliveira

Os impactos da Copa do Mundo de Futebol da Rússia já são sentidos no comércio regional. Enquanto alguns setores, como o supermercadista, registram aumento nas vendas, lojas de roupas e calçados amargam resultados ruins em função de haver menos movimento nas ruas. O Sindcomércio Vale do Aço ouviu lojistas de diferentes segmentos em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo e atestou que boa parte dos empresários tem motivos para comemorar a chegada da competição de futebol.

“Enfeitei minha loja com o objetivo de aumentar a saída de artigos para a Copa. As vendas melhoraram pelo menos 10%, embora as pessoas estejam dispersas e bastante envolvidas com as eleições extemporâneas”, conta uma supermercadista de Timóteo. Já o proprietário de uma loja de esportes da cidade afirma ter vendido muitas camisas da seleção no Dia dos Namorados. “A tendência é que as vendas melhorem ainda mais daqui pra frente”, prevê.

O mesmo otimismo tem a proprietária de uma loja de bijuterias no município. Segundo ela, o impacto em seu comércio foi bastante positivo, uma vez que a procura por artigos temáticos à competição cresceu muito nas vésperas da estreia do Brasil contra a Suíça. “Investi em várias novidades e estou colhendo bons resultados”, revela.

Funcionários felizes

Já o proprietário de uma loja de móveis e a dona de uma empresa de calçados em Ipatinga destacam que os funcionários ficam felizes em poder assistir às partidas do Brasil na Copa e, assim, retornam aos postos de trabalho com mais ânimo e dispostos a trabalhar bem. “A gente sabe que, no momento do jogo, praticamente ninguém sai pra comprar”, lembra um dos lojistas. “Loja fechada sempre perde cliente, mas, por outro lado, os empregados querem assistir aos jogos e ficam satisfeitos”, ressalta o outro comerciante.

Churrascos

“Em época de Copa, as pessoas só pensam em carne e cerveja. Sempre foi um momento ruim para o comércio”, lamenta a dona de uma loja de roupas em Coronel Fabriciano. Por sua vez, uma supermercadista da cidade observou que o primeiro jogo, por ter sido no último domingo, às 15h, não modificou muito as vendas em sua loja. “A maioria dos supermercados fechou às 13h, e por isso não houve aquela grande movimentação de última hora. Para os dois próximos jogos do Brasil, sexta e quarta-feira, esperamos ‘esvaziar’ nosso estoque de bebidas e no açougue”, aguarda.

Funcionamento

O comércio das três principais cidades da região terá funcionamento diferenciado durante a Copa. Na 2ª partida da Seleção Canarinho na competição, na próxima sexta-feira (22), às 9h, contra a Costa Rica, o funcionamento das lojas será reduzido das 13h às 19h. No jogo contra a Sérvia, dia 27, às 15h, os empresários abrirão as portas das 8h às 14h.

José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio, garante que a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que definiu o funcionamento do comércio na Copa trouxe grandes ganhos aos empresários. “Antes de 2014, mesmo sem negociação, era comum o comerciante liberar os funcionários para ver as partidas do Brasil. Então perdíamos essas horas não trabalhadas, que agora, com a CCT, estão sendo compensadas nos horários ampliados de datas especiais”, explica o dirigente sindical.

A Convenção Coletiva de Trabalho assinada entre os representantes dos empresários e dos comerciários está disponível em www.sindcomerciova.com.br.

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