Timóteo ainda era distrito do município de Antônio Dias, quando foi lançada a pedra fundamental do que viria a ser uma das principais indústrias do aço no País e na América Latina. Corria o ano de 1940 e um impulso desenvolvimentista tomava conta da região. O País passou por diversas transformações sociais, econômicas e políticas nas décadas que se seguiram. Timóteo se emancipou como município, ganhou autonomia administrativa e passou a ser protagonista de sua própria história. Neste domingo, dia 29 de abril, a cidade completa 54 anos.
Impulsionada pela indústria do aço, tendo o inox como destaque, a cidade alcançou qualidade de vida superior à de outras em Minas Gerais. Seu mais recente Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – indicador de desenvolvimento econômico e qualidade de vida – apurado em 2010, alcança 0,77, número superior à média de Minas Gerais (0,731) e de todo o Brasil (0,727). Esse indicador baseia-se nos Censos Demográficos realizados de 10 em 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Produto Interno Bruto (PIB) per capita – soma de todos os bens e serviços produzidos na cidade, dividida pelo número de habitantes – é outro indicador que se destaca: está na casa dos R$ 31.687, média que também supera a estadual (R$ 24.885) e a nacional (R$ 29.347), sendo todas as medições do ano de 2015. Um crescimento de cerca de 26% em relação a 2010, de acordo com os números do IBGE.
“Aplicado em diversas indústrias como automotiva, de transporte, construção, energia, utilidade domésticas, linha branca, agronegócio, o aço inox fortalece a cadeia econômica da cidade, gera receitas para o município, emprego e renda para a população”, diz Ilder Camargo, diretor de produção da Aperam South America, natural de Timóteo, com mais de 35 anos de empresa.
O projeto Capital do Inox, liderado pela Fundação Aperam Acesita e que existe há 21 anos, estimula o desenvolvimento de novos negócios e fomenta a capacidade empreendedora na cidade. A Aperam South America, antiga Acesita, estruturou uma parceria diferenciada com empresas ao longo desse tempo. Além de capacitação e suporte técnico, oferece condições específicas e subsídios mercadológicos para que possam trabalhar com inox em seus produtos e serviços.
Em 2017, quando completou 20 anos de atividades, o Instituto do Inox qualificou 131 moradores do Vale do Aço, totalizando mais de 17 mil horas de treinamentos em áreas como soldagem e conformação, entre outras.
Mais uma vez, o destaque foi o curso de formação de Operadores Siderúrgicos, que capacitou 52 pessoas em 2017 e manteve o alto nível de aproveitamento. Desde 2014, quando foi criado o curso, o índice de aproveitamento dos alunos como novos empregados da Aperam é superior a 65%.
Desenvolvimento
“É com grande satisfação que comemoramos os 54 anos de Timóteo. A Aperam cresceu junto com o município e permitiu que a comunidade começasse a gerar riqueza, contribuindo diretamente para o desenvolvimento do Vale do Aço. Sou Cidadão Honorário da cidade e tenho muito carinho pela capital do inox”, enfatiza Frederico Ayres Lima, presidente da Aperam South America.
Carro chefe da indústria do aço e de sua história na cidade, a Aperam tem hoje cerca de 2,2 mil empregados próprios, além de gerar milhares de empregos indiretos no comércio, no setor de serviços e nas empresas fornecedoras que atuam na região. À geração de empregos e de impostos para o município, soma-se, ainda, o compartilhamento das melhores práticas de saúde e segurança com as empresas locais e a capacitação de profissionais temporários.
Em 2017, a Aperam South America investiu R$ 35,5 milhões em benefícios, um crescimento de aproximadamente 10% em relação ao montante aplicado em 2016.
No ano passado, priorizando o fomento do município de Timóteo e do Vale do Aço, 36% do total de insumos (entre materiais, serviços, produtos industriais e transporte) foram adquiridos pela Aperam na região.
Em 2017, R$ 3 milhões foram aplicados nos projetos sociais coordenados pela Fundação Aperam Acesita, beneficiando diretamente mais de 75 mil pessoas nas regiões do Vale do Aço e Jequitinhonha.
Inovação
Ao longo dos últimos cinco anos, as inovações entregues ao mercado responderam por cerca de um quarto dos resultados financeiros da Empresa. Em 2016, foi eleita a primeira colocada do setor siderúrgico do Guia As 150 Melhores Empresas para Trabalhar 2016 – preparado pela revista Você S/A em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA).
Foi uma das dez principais empresas no País com sólida política de formação de lideranças, conforme estudo da revista Exame com a FIA. Em 2017, destacou-se também entre as Empresas Mais, premiação do jornal o Estado de S. Paulo com a FIA sobre companhias brasileiras com os melhores resultados anuais. Ainda em 2017, foi considerada pela revista Você S/A e pelo Instituto Great Place to Work – GPTW uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil.
Os produtos da Aperam, como aço inoxidável e aços elétricos especiais, estão nos meios de transportes, em academias ao ar livre em capitais como São Paulo, Rio e Recife, na embarcação da Família Schurmann, no Acelerador de Partículas do Projeto Sírius em Campinas, nas profundezas do oceano Atlântico na camada pré-sal, em edifícios e estádios de futebol, como o Allianz Parque, do Palmeiras, em utilidades domésticas em todas as casas, em usinas de energia, no agronegócio, em vagões de trem, em caminhões betoneiras.
A Aperam é a única produtora de aço no mundo a utilizar 100% de carvão vegetal como matéria-prima, totalmente produzida com emprego de centenas de profissionais e de muita tecnologia pela Aperam BioEnergia, no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. Eficiência energética é preocupação tanto nos benefícios de seus produtos aos clientes quanto no processo produtivo na usina. O Grupo Aperam possui meta clara para redução desse insumo e o Brasil é protagonista com mais de 20 projetos.