Sem votação da reforma da Previdência, governo define pauta prioritária

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Sem votação da reforma da Previdência, governo define pauta prioritária

O ministro Eliseu Padilha diz que a decisão foi tomada pela impossibilidade de tramitação da reforma durante a intervenção no Rio.Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Eliseu Padilha diz que a decisão foi tomada pela impossibilidade de tramitação da reforma durante a intervenção no Rio.Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ministros e líderes do governo no Congresso anunciaram na noite do dia (19) a pauta prioritária do governo. Com a decisão pela intervenção federal no Rio de Janeiro, que impossibilita a votação de qualquer proposta de emenda à Constituição, como é o caso da reforma da Previdência, o governo elencou 15 pontos considerados importantes para o país do ponto de vista fiscal e econômico.

Dentre os pontos colocados estão a simplificação tributária (reforma do PIS/Cofins); o marco legal de licitações e contratos; o programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais; a desestatização da Eletrobras e a nova lei de finanças públicas.

De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a decisão foi tomada pelo presidente Michel Temer após constatada a impossibilidade de tramitação da reforma durante a intervenção no Rio de Janeiro.

“O presidente, à luz das ponderações, tivemos que concluir que não se poderia iniciar a discussão que tínhamos programado para hoje, da reforma da Previdência […]. Diante disso, o presidente solicitou e, tanto os líderes e os presidentes do Senado e da Câmara, elencaram o que poderia ser uma pauta micro e macroeconômica, para nós passarmos imediatamente a trabalhá-las”, disse Padilha.

De acordo com o senador Romero Jucá (MDB-RR), os presidentes da Câmara e do Senado farão um “esforço concentrado” a partir do mês que vem para tramitar todos os temas da pauta prioritária, a pouco mais de dez meses para o fim do governo: “Na verdade, há uma consciência por parte das lideranças políticas que formam a base de que vai ser preciso elencar um esforço e definir um ritmo muito forte de votação. Mas isso será feito”.

“Esses 15 pontos definem uma prioridade política e econômica. A reforma não pode ser votada, mas existem pontos que vão melhorar o ambiente fiscal, de negócios, que dará condições para o país responder no que diz respeito às transformações”, acrescentou o senador, líder do governo na Casa.

Reforma da Previdência não é descartada

Os ministro e líderes negam que a reforma da Previdência esteja enterrada. Para Padilha, é possível aprová-la em outubro, após as eleições. Ele entende que os parlamentares que hoje não votam com o governo podem mudar de ideia caso não sejam reeleitos. Já o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirma que “as condições políticas [para aprovação da reforma] virão com a eleição de outubro”.

Confira a Pauta Prioritária do governo anunciada hoje:

  1. Reforma do PIS/COFINS – Simplificação Tributária
  2. Autonomia do Banco Central
  3. Marco legal de licitações e contratos – Projeto de Lei (PL) 6814
  4. Nova lei de finanças públicas – PL 295
  5. Regulamentação do teto remuneratório – PL 6726
  6. Desestatização da Eletrobras – PL 9463
  7. Reforço das Agências Reguladoras – PL 6621
  8. Depósitos voluntários no Banco Central – PL 9248
  9. Redução da desoneração da folha – PL 8456
  10. Programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais – PL 9215
  11. Cadastro positivo – PLP 441
  12. Duplicata eletrônica – PL 9327
  13. Distrato – PLS 774
  14. Atualização da Lei Geral de Telecomunicações
  15. Extinção do Fundo Soberano

Agência Brasil

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