Esquenta bastidores da política em Timóteo

Yaramo - Consultor mat 1
Em meio à crise é preciso fazer diferente para alcançar novos resultados
13 de julho de 2016

Esquenta bastidores da política em Timóteo

Ao contrário das perspectivas políticas em Ipatinga e Cel. Fabriciano onde é possível apontar quem serão os possíveis pré-candidatos à prefeitura municipal, em Timóteo tudo ainda é uma grande incógnita.

Os bastidores da política no município começaram a ferver a partir desse mês de fevereiro. Alguns fatos relevantes mostram como será disputada a próxima eleição municipal ao poder executivo. Como todo início de ano eleitoral são muitos os pretendentes ao cargo eletivo, mas poucos são os que sustentarão a permanência e entrarão na disputa.
Especula-se hoje de 8 a 10 nomes como possíveis pré-candidatos, mas o objetivo de alguns políticos é tentar beliscar uma candidatura a vice-prefeito ou negociar o apoio em troca de secretarias. Há também aqueles que poderão ter dificuldades em oficializar sua candidatura por problemas com a justiça. Dos 10 nomes postos provavelmente nem a metade se confirmará como candidato, mas seus corregionários estão defendo o contrário.
Fatos novos podem mexer no tabuleiro xadrez da corrida eleitoral. Um deles foi o racha entre o vice-prefeito de Timóteo Dr. Renato (PMDB) com o governo do prefeito Keisson Drumond (PT). Essa parceria nunca foi unanimidade entre boa parte dos filiados dos respectivos partidos por terem sido protagonistas das maiores rivalidades eleitorais nas décadas anteriores. Atualmente há outros dirigentes e novos expoentes políticos, mas as rusgas ficaram, e principalmente nomes mais antigos  dessas legendas não digeriram bem essa parceria.
O racha partiu do vice-prefeito Dr. Renato que alega principalmente falta de espaço nas tomadas de decisões sobre o futuro do município, além de ter novos projetos políticos. Ele também faz críticas à pasta da saúde. Já o prefeito Keisson Drumond destaca ter sido o vice quem se distanciou do governo, e que ele (o vice) era co-responsável pela secretaria da saúde. Como se percebe o imbróglio está difícil de resolver, mas política é muito dinâmica e definição mesmo somente pouco antes da oficialização das chapas na campanha eleitoral.
Outro fato relevante foi a condenação do ex prefeito Sérgio Mendes (hoje PSDB) por improbidade administrativa em primeira instância pela justiça. No final do seu mandato, de acordo a denúncia do Ministério Público, o ex-prefeito teria adiantado o acerto e pagamento do próprio salario, do vice-prefeito, secretários e alguns poucos servidores contratados, ao todo cerca de 38 beneficiados. Segundo a justiça o ex-prefeito também não teria deixado dinheiro em caixa para pagamento dos demais servidores. Sérgio Mendes contestou a sentença e disse que vai recorrer.
Apesar de o ex-prefeito Sérgio Mendes ter na sentença os direitos políticos cassado por cinco anos, ela ainda poderá ser pré-candidato, pois somente na segunda instância esse impedimento político se confirma.
Nos bastidores há muitas conversas entre partidos, vereadores, ex-vereadores e ex-prefeitos. As possibilidades estão todas em aberto, até antigos rivais políticos como alguns vereadores da câmara municipal estão considerando possível aliança. Esse ano sairá na frente quem tiver maior poder de aglutinação, contudo, é preciso ter cuidado e visão pois certas alianças ao contrário de alavancar uma possível pré-candidatura, pode é empurra-la para baixo.
Editor 
Marcio de Paula