Localizada abaixo da bexiga, a próstata é uma glândula masculina que envolve a uretra e é responsável pela produção de boa parte do líquido que compõe o sêmen. A glândula é do tamanho de uma noz em homens jovens e aumenta com a idade. Ela chega a dobrar de tamanho durante a adolescência e continua a crescer ao longo da vida.
Um dos sinais do envelhecimento natural masculino é a doença conhecida como hiperplasia prostática benigna (HPB), ou crescimento benigno da próstata. A doença é mais comum após os 50 anos de idade e pode causar o mal funcionamento do sistema urinário. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, estima-se que 50% dos homens apresentam algum grau da HPB após os 50 anos e mais de 30% deles necessitarão de tratamento durante a vida. A HPB afeta cerca de 25% dos homens na faixa etária entre 40 e 49 anos. Entre 70 e 80 anos, esse índice pode chegar a 80%. Se não for tratada a próstata aumentada pode provocar também sérios problemas na bexiga ou nos rins.
Inicialmente o tratamento é feito com o uso de medicamentos, porém, aqueles pacientes que não apresentam boas respostas são encaminhados para a cirurgia. Um dos procedimentos mais modernos e tecnológicos para pacientes com HPB é a ressecção endoscópica com fibra de laser greenlight. A cirurgia é feita pelo canal da urina e utiliza a tecnologia de luz laser de alta potência combinada com fibra ótica para vaporizar o tecido prostático que provoca obstrução do canal urinário.
Recentemente, a equipe de urologia do Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, comanda pelo Dr. Lipe de Mello Alvim, realizou a técnica em um paciente com HPB de 75 anos, em uso de anticoagulantes e com estreitamento de próstata. “Estamos muito felizes em proporcionar mais qualidade de vida e tratamentos inovadores à população. Essa é uma técnica muito moderna e segura que traz grandes benefícios. Outra vantagem é que os pacientes que usam anticoagulantes não precisam suspender a medicação para a cirurgia”, pontuou o urologista Lipe Melo Alvim.
O laser demonstrou ser igual em termos de eficácia na melhora dos sintomas, mas com benefícios em termos de recuperação pós-operatório e menor risco de complicações.
Minimamente invasiva, a cirurgia traz inúmeras vantagens. Entre elas, o urologista Lipe destaca: menor risco de sangramentos, menor tempo de internação hospitalar (na maioria das vezes o paciente tem alta no mesmo dia), menos efeitos colaterais para pacientes com doenças renais crônicas, menor risco de lesão da uretra, melhor recuperação no pós-operatório e retorno mais rápido às atividades.
Sobre o Hospital Márcio Cunha
Administrado pela Fundação São Francisco Xavier, o Hospital Márcio Cunha (HMC), em Ipatinga, é referência para mais de 840 mil habitantes de 35 municípios da região leste de Minas Gerais e constitui-se de três unidades de atendimento, sendo uma delas exclusiva para tratamento oncológico.
É credenciado para atendimentos de alta complexidade e prestação de serviços nas áreas de ambulatório, pronto-socorro, medicina diagnóstica, ensino e pesquisa, terapia intensiva adulta, pediátrica e neonatal, urgência e emergência, terapia renal substitutiva, alta complexidade cardiovascular, oncologia adulto e infantil, entre outros.
O HMC atende a 70% SUS, sendo o 5º em números de internações pelo SUS em Minas. A evolução continuada dos seus processos e a incorporação tecnológica são partes indissociáveis do hospital, que se tornou a primeira entidade hospitalar do Brasil a obter o certificado de Acreditação com Excelência, concedido pela Instituição Nacional de Acreditação (ONA).