A Associação Mães de Mãos Dadas – AMMD de Bom Jesus do Galho, município que integra o Colar Metropolitano do Vale do Aço, esteve em atividade presencial nesta semana. Seguindo os protocolos de prevenção à Covid-19, representantes do grupo se reuniram com a equipe de produção do projeto de fortalecimento da organização. A iniciativa consiste em ações comunicacionais, como a produção de peças institucionais que serão distribuídas entre as mães, parceiros da Associação e possíveis colaboradores.
O projeto tem como objetivo divulgar a Associação, promover maior reconhecimento da importância da AMMD para a comunidade e conquistar mais parceiros. O encontro foi aberto com a apresentação das participantes do evento. Em seguida, foi realizada uma roda de conversa com as mães e a psicóloga Paula Sousa. Estiveram em pauta as experiências das mães de filhos com deficiência, suas dores e como têm buscado superar desafios, como a dificuldade de acessar alguns serviços na rede pública de saúde, bem como medicamentos.
A Associação Mães de Mãos Dadas – AMMD de Bom Jesus do Galho, organização da sociedade civil e filantrópica, sem fins lucrativos nasceu em 2019 pelas mãos de mães de crianças com deficiência, que eram atendidas pela organização de Caratinga, berço da instituição criada em 2017.
A AMMD é uma rede voluntária de apoio às mães constituída com o principal objetivo de prestar apoio irrestrito às mães e aos seus filhos com deficiências (deficiência física, visual, intelectual, mental, auditiva, motora, psicossocial, deficiências múltiplas e etc.), agenesia de membros, autismo e doenças raras.
A Associação trabalha a fim de garantir o acesso do grupo a serviços multidisciplinares, como de assistência social, nutricional, fisioterapêutico, psicológico, assessoria e consultoria jurídica, assistência social, oficinas terapêuticas, atendimento médico (clínica geral) e especialidades, como Neurologista, Gastroenterologista, Reumatologista, Neuropediatria, Pediatria, Mastologia, Ginecologia e outros indicados para o paciente e sua família. Os atendimentos são ofertados gratuitamente por profissionais parceiros da organização.
A rede contempla pessoas que se encontram em situações de vulnerabilidades ou risco social, sem discriminação de raça, cor, credo, sexo, nacionalidade e independente de qual deficiência apresentada ou grau específico.
“Uma das ações mais importantes desenvolvidas pela Associação são as rodas de conversa, um método de participação coletiva com psicólogos, assistentes sociais e com as mães da AMMD, que compartilham os desafios enfrentados na busca pelo bem-estar dos filhos e de si mesmas para que consigam ajudar seu filho (a) com deficiência. Nas rodas, as mães expressam e escutam seus pares e a si mesmas por meio de exercícios reflexivos que aproximam suas participantes”, explica a psicóloga Paula de Souza, voluntária da Associação.
SONHO
O sonho da AMMD é ampliar a oferta de serviços da organização, como a implantação de terapia assistida com animais, que potencializa tratamentos psicológicos e físicos dos pacientes, além da adesão de mais colaboradores para o grupo. Para isso, a AMMD busca congregar voluntários colaboradores com interesse nessa política pública setorial, que ajudem nos processos que envolvam, desde a aceitação do diagnóstico por parte da família e paciente, perpassando pelo tratamento e acompanhamento da pessoa com deficiência.
Os transtornos que mais levam as mães a procurar ajuda para seus filhos por meio da AMMD, estão o autismo, o TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, a esquizofrenia e a depressão. Em relação às mães, elas são afetadas psicologicamente ao lidar com os transtornos dos filhos e acabam precisando de apoio, de assistência psicológica, dentre outras.
NÓS, AS MÃES
“Eu não tenho filho com deficiência, mas a luta das mulheres que têm filhos com alguma limitação, me inspirou a criar esse movimento ao lado de outras mães. A alegria, a garra, a força das mães me motivaram muito a me unir a cada uma delas. O amor das mães pelos filhos me ajudou, inclusive, a sair de uma depressão. Hoje, estamos com um grupo enorme”, conta Maria de Lourdes Santos de Oliveira, que formou a Associação em parceria com outras mães.
Glaciane Batista Costa de Leles reafirma que a AMMD busca mais profissionais que possam abraçar a causa, como psiquiatras, psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, dentre outras especialistas; mais apoio das famílias a fim de que ajudem mais a cuidar dos filhos que têm limitações; de mais mães para fortalecer o nosso grupo e da comunidade em geral. “De alguma forma, todos podem contribuir com a AMMD”, sublinha.
FOL
O projeto Fortalecimento das Organizações Locais (FOL) é uma iniciativa da Fundação Renova, realizada em parceria com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds).
Em Bom Jesus do Galho, a ação está sendo desenvolvida pela jornalista Goretti Nunes, proponente do projeto selecionado por meio de Edital. Ela foi capacitada pelo Cieds para estruturar o planejamento estratégico da iniciativa e elaborar todo plano de trabalho.
SERVIÇO
“Mães podem ajudar a AMMD associando-se à instituição; profissionais da saúde e assistentes sociais, participando da rede de voluntários da Associação; as famílias, abraçando seus filhos para que tenham força para superar seus desafios. De alguma forma, todas as pessoas podem participar, dessa corrente do bem, de apoio à Associação Mães de Mãos Dadas. Toda colaboração é muito importante”, frisa Glaciane, anunciando em seguida o telefone de contato da instituição: 33 99906.5249.