Não estão todos no mesmo barco, é preciso um pouco mais da classe política

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Não estão todos no mesmo barco, é preciso um pouco mais da classe política

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Editoral –

O novo coronavírus vem causando danos em todos os setores. No financeiro já é considerada a maior crise econômica desde a segunda guerra mundial, e está atingindo quase todos: o empresário da indústria, do comercio, o prestador de serviço, o ambulante, os funcionários que estão apreensivos se continuarão no emprego, alguns com redução nos vencimentos, outros engrossando a estatística do desemprego, e até grandes empresários que quase nunca perdem, estão perdendo.

Mas existe um grupo que independe do tamanho da crise, não perde em relação às questões financeiras; os políticos. Nessa fase de sacrifico todos deveriam ser incluídos para dar sua parcela de contribuição.
A sugestão é reduzir em 30% a remuneração de todos os políticos com cargos eletivos do país, por pelo menos 3 meses. Incluindo o presidente da republica, o vice presidente, os 27 governadores, 81 senadores, 513 deputados federais, 1059 deputados estaduais, 5.570 prefeitos e 59. 951 vereadores, seria uma grande economia, importante para o avanço no combate da pandemia.

O ideal é que além do poder legislativo e executivo, esses cortes fossem estendidos ao poder judiciário. Essa sugestão não acontece por achar que não estão trabalhando, vale destacar que principalmente os prefeitos, trabalham para manter a estrutura pública em relativo funcionamento e ainda combater o avanço da pandemia.

Muitos falam que em função da crise financeira todos estão no mesmo barco, mas isso não é verdade. É mais justo considerar que a maioria está no mesmo mar em meio à tempestade, mas cada um no seu barco de acordo com suas condições. Alguns estão em grandes barcos, outros em pequenos, há quem esteja em jangada, canoa, ou se apoiando a um pedaço de isopor ou madeira boiando em alto-mar para não afundar, outros tantos já afundaram.

Mas os políticos nem nesse mar estão, porque independente do tamanho das tormentas dessa crise, continuam recebendo seus vencimentos integrais pagos com dinheiro dos impostos gerado pela população.
Se essa redução acontece daqui a alguns meses quando for vencida essa guerra contra o coronavírus, “eles” poderão falar que todos fizeram sacrifícios financeiros para superar a crise.

A classe política tem ótima oportunidade de melhorar um pouco sua imagem com a população, mostrando estar disposta a fazer sacrifícios e não apenas pedir que a população o faça, como sempre aconteceu. Nesse sentido é preciso um pouco mais.

Márcio de Paula
Editor chefe