Envolvendo histórias, músicas, brincadeiras e asanas (posturas), a atividade física constrói uma consciência corporal nas crianças. Além de ser uma forma divertida de interagir com os pequenos e fortalecer os vínculos afetivos, a prática do yoga com bebês e crianças movimenta, relaxa, diverte e também pode ajudar a trabalhar o corpo físico da mãe, do pai ou do cuidador.
“Yoga significa união e tudo que gera conexão”, explica a instrutora de Kundalini Yoga e autora do livro O pequeno CanGuru: manual de yoga para bebês e crianças pequenas, Nambir Kaur.
“Por meio do universo lúdico do yoga para bebês e crianças, que envolve histórias, músicas, brincadeiras e asanas (posturas), a criança pode construir uma consciência do próprio corpo e aprender a brincar e se divertir com ela mesma, em qualquer contexto, dispensando assim o excesso de tecnologia, como aparelhos digitais e televisão”, descreve. Segundo Nambir, a prática traz uma porção de benefícios às crianças, e também é recomendada para bebês de colo. Neste caso, as posturas trabalham o fortalecimento da mãe no pós-parto, reforçando o vínculo e a afetividade entre mamãe e bebê.
“O trabalho com as mulheres no puerpério inclui massagem, cantos e acolhimento do bebê. Quando a criança está com aproximadamente um ano e meio já consegue praticar sozinha”, explica.
“Meu foco é a primeira infância pois é nessa fase que elas estão registrando tudo e vão levar esse aprendizado para o resto da vida”, completa a autora, que disponibilizou para o Saúde Brasil alguns exercícios divertidos para mães, pais ou cuidadores e cuidadoras experimentarem com os pequenos.
Peça ao pequeno para imaginar que na palma das mãos há uma borboletinha. Pergunte qual é a cor dela e como ela é, depois peça para soltar a borboleta e tentar persegui-la pela sala. Suba no alto, pule, abaixe, rasteje com ela.
Sente-se no chão, com os joelhos estendidos e com as solas do pé em contato com os da criança. De mãos dadas, comece a puxar, em movimento de gangorra, para frente e para trás. A postura alonga a lombar, as pernas, a parte superior da coluna e os braços.
De pé, coloque as mãos nos ombros da criança – ou facilite que ela coloque em outra criança (dupla). Nesta postura, o tronco se dobra formando um ângulo de 90 graus com as pernas. Permaneça algum tempo alongando as costas, os ombros, as pernas e solte a cabeça.
Deite-se com as costas no chão e os joelhos flexionados. Coloque os pés nos ossos da bacia da criança. Em seguida, segure em suas mãos e estique as pernas. Peça para a criança esticar as pernas atrás e olhar para cima. Importante: peça a ajuda de outro adulto para fazer a segurança da criança no alto.
Esta postura pode ser praticada com bebês de seis meses em diante. Coloque o bebê ou a criança nas canelas, com o umbigo voltado para baixo, e segure-o pelas mãos. Bebês um pouco maiores aprendem rápido a travar os pés, o que dá uma sensação de segurança maior. Segure nas mãos e balance para frente e para trás sobre as suas costas, com movimento de gangorra. Enquanto o bebê ou a criança se diverte, o adulto massageia as costas e fortalece o abdômen. Pode-se cantar uma música que ela goste durante o movimento.
Sentem-se de costas um para o outro, entrelace os braços e comece a balançar de frente para trás, flexionando e estendendo o tronco. Esta postura favorece a integração e é interessante para perceber a respiração do outro, enquanto alonga as pernas e as costas. As crianças se divertem.
Sente-se sob os calcanhares e coloque a testa no chão e os braços para trás com o dorso da mão no chão. A criança senta-se na base da lombar do adulto e lentamente deita-se, esticando os braços para trás, com axilas para cima e as palmas das mãos no chão de forma que permaneça alongando os ombros. A postura alivia a tensão da lombar da pessoa que está embaixo. Gera conexão e alonga a coluna e o ombro dos pequenos.
Fonte: Ministério da Saúde