Com o tema “Inovação para competitividade da indústria” a FIEMG realizou no dia (16), o Projeto Dirigente 2019. O evento promove o encontro das lideranças sindicais da indústria mineira, para que discutir propostas e ações que assegurem a competitividade do setor. O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, refletiu sobre a situação atual das indústrias em relação às novas tecnologias. “As empresas precisam estar preparadas. Estávamos focados, nos últimos anos, em cortar custos, em trabalhar para ficar ‘vivo’, mas temos que mudar o mindset e trabalhar para crescer e ocupar mercado. Mas como fazer isso sem inovar?”, reflete Roscoe. O líder industrial afirmou que as transformações já estão acontecendo e os desafios são grandes. “Inovar é questão de sobrevivência. Por meio da inovação, garantimos perpetuidade das empresas e tornamos os setores mais competitivos e relevantes no mercado”, diz.
Paula Harrara, diretora de pessoas, comunicação, investimento social e inovação da ArcelorMittal, ministrou a palestra magna “Inovação para Competitividade da Indústria”. Para a executiva, o que está acelerando as mudanças não é só a tecnologia, e sim o consumidor. “Novos comportamentos do consumidor, que enxergam necessidades novas. É claro que tecnologia ajuda, mas as grandes mudanças estão passando pelas pessoas. A indústria 4.0 trouxe a confirmação que estão chegando formas totalmente diferentes de fazer as coisas, de fabricar um produto, oferecer um serviço e uma solução para o mercado”, afirma.
Segurança digital
“Tecnologias transformadoras para as indústrias” foi o tema da palestra de Raphael Bastos, fundador do Slackware Users MG e do Área31 Hackerspace. Ele falou sobre segurança da informação; riscos físicos (biológicos) e digitais de se utilizar biochips implantáveis; LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e as mudanças que virão e inovações tecnológicas que estão mudando o mundo. De acordo com o palestrante, “ninguém está completamente imune a ataques cibernéticos, mas existem hábitos que podem minimizar os riscos, como manter sempre seus dispositivos atualizados, como celulares, computadores, carros e casas inteligentes, para que tenham uma mínima superfície de ataque expostas e trocar frequentemente senhas e chaves de acesso”, recomenda.
Revolução 5G
José Marcos Brito, pró-diretor de pós-graduação e pesquisa do Inatel, apresentou uma palestra sobre a tecnologia 5G e suas aplicações na indústria 4.0. Segundo o engenheiro, a nova tecnologia vai promover uma evolução significativa com velocidade dez vezes mais rápida que a geração 4G. O 5G irá gerar receitas de até US$ 3.5 trilhões e produzir bens e serviços de até US$ 12,3 trilhões; a cadeia de valor do 5G deve investir US$ 200 bilhões/ano e 22 milhões de empregos serão gerados para desenvolvimento e implementação da tecnologia. “Usuário comum deixa de ser apenas consumidor de tráfego e passa a ser gerador de tráfego”, ressalta. A indústria também será impactada com a nova tecnologia. “O uso massivo de IoT e robótica permitirá produção de produtos personalizados, com preços competitivos, como se fossem produtos produzidos em massa”, pontua o palestrante.