Bebês prematuros viram super-heróis no HMC

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Bebês prematuros viram super-heróis no HMC

Bebê prematuro internado na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal do Hospital Márcio fantasiado de super-herói.Crédito: Recordar Nascimentos

Bebê prematuro internado na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal do Hospital Márcio fantasiado de super-herói.Crédito: Recordar Nascimentos

Cercados de muito carinho, atenção e cuidados especiais da equipe multidisciplinar da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal do Hospital Márcio Cunha (UTI), os prematuros internados no hospital receberam uma homenagem especial em comemoração ao Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro. Os bebês posaram para fotos fantasiados de super-heróis com capas que foram confeccionadas pelas mamães com o apoio da equipe do Hospital Márcio Cunha (HMC), mantido pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX).

A ideia de transformar os pequenos em heróis, vestindo-os com capinhas dos personagens super-homem e mulher-maravilha, surgiu da equipe multidisciplinar, que assiste e apoia a luta e evolução dos bebês prematuros tratados na instituição. Segundo Fabiana Melato, médica neonatologista do HMC, a ação foi realizada como forma de reconhecer a força que as crianças demonstram durante o internamento. “Esses bebês já nascem como lutadores e as melhorias apresentadas no dia-a-dia, em cada caso clínico são comemoradas como uma grande vitória não só pela família, mas também por nós que os acompanhamos durante o período de internação. O ganho de peso, o crescimento e todo o processo de recuperação dos prematuros é motivo de festa para a equipe da UTI e Intermediária Neonatal do HMC”, revela Fabiana.

A ação foi aprovada pelas mães e familiares que acompanham diariamente os bebês na UTI. “Essa ação veio como um presente do Hospital Márcio Cunha, pois os dias costumam ser tensos pela preocupação com a recuperação dos nenéns, mas quando customizamos as capinhas e acompanhamos nossas bênçãos vestidas como heróis, nós sentimos o ambiente mais leve e feliz”, conta Lorena Silveira Oliveira, técnica em análises clínicas e mãe de gêmeos prematuros em tratamento no HMC.

As mães dos pequenos super-heróis foram presenteadas com uma foto impressa, que ficará exposta na UTI Pediátrica e Neonatal do HMC. Os registros foram feitos pelos fotógrafos da Recordar Nascimentos.

PREMATURIDADE

O índice de sobrevida dos bebês prematuros nascidos com mais de 28 semanas chegam a 90% no Hospital Márcio Cunha, o dado pode ser comparado ao dos Estados Unidos e do Canadá que são países referência em todo o mundo. De acordo com a médica neonatologista do HMC, Fabiana Melato, duas causas estão entre as principais responsáveis por causar partos prematuros. “Podemos citar as causas fetais que são motivos do próprio bebê que acabam levando ao parto prematuro, pois muitas vezes ele já não está mais ganhando peso e se desenvolvendo adequadamente. E o outro motivo, também comum, é a centralização fetal, ou seja, quando conseguimos diagnosticar por meio de ultrassom que o bebê não está recebendo mais a quantidade de sangue e oxigênio necessários para o seu desenvolvimento. Muitas vezes essas causas fetais vão ser desencadeadas por causas maternas como hipertensão arterial crônica e causas que estão relacionadas a gestação, como diabetes e infecções maternas. Então quando o bebê não está mais se desenvolvendo adequadamente dentro da barriga da mãe e pode causar a morte dessa criança, interrompemos a gestação e trazemos o neném para a UTI neonatal”, afirma Fabiana.

CUIDADOS

Alguns cuidados são necessários para manter a saúde do prematuro na UTI neonatal. “Dentro de uma unidade neonatal favorecemos a respiração dos bebês, pois essas crianças na maioria das vezes não conseguem respirar sozinhas. A nutrição desses bebês também é muito importante porque as crianças muitas vezes precisam receber alimentos pela veia e também alguns medicamentos que servem como suporte contra infecção. Em resumo, precisamos que a criança respire, se alimente para ganhar peso e não tenha nenhuma infecção para garantirmos o desenvolvimento do bebê extra útero”, informa a médica.

Para a mamãe Lorena Silveira Oliveira, tem sido emocionante acompanhar o desenvolvimento dos bebês. “Quando eu soube que seriam três crianças foi um susto! Perdemos a menina e os dois meninos precisaram nascer antes da hora e então vivemos um momento de desespero. Mas temos nos adaptado à rotina que é um pouco cansativa. Eles estão há 57 dias internados e só depois de 50 dias pudemos pegá-los no colo. Desde o nascimento, comemoramos cada conquista e criamos mais forças. Eles estão evoluindo bem e em breve estaremos em casa, tenho certeza”, afirma Lorena.

O ambiente da UTI Pediátrica e Neonatal do HMC é preparado para reproduzir o útero materno. “Deixamos o local adequado para imitar o útero da mãe mesmo do lado de fora. Temos uma temperatura adequada, manuseamos os bebês o mínimo possível e as luzes e sons são reduzidos para reproduzir o escurinho, quentinho e pouco iluminado que é o útero da mãe. Além disso, tentamos favorecer o contato com a família, pois comprovadamente o ato de sentir, ouvir a voz da mãe, o acarinhar e acalentar favorecem o desenvolvimento do bebê extra útero e acelera a tão esperada alta hospitalar”, finaliza a médica neonatologista do HMC, Fabiana Melato.

 

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