LIRAa de Ipatinga acusa médio risco de infestação por Aedes Aegypti

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LIRAa de Ipatinga acusa médio risco de infestação por Aedes Aegypti

Após vistoria realizada por Agentes de Combate a Endemias (ACE’s) da Prefeitura de Ipatinga em 4.215 imóveis do município, no período de 15 a 18 de outubro, a Secretaria de Saúde anunciou, nesta sexta-feira (19), o resultado do quarto Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa). A infestação larvária na cidade é de 2,3%, ou seja, a cada 100 casas, lotes vagos e prédios públicos vistoriados pelos ACE’s, em dois foram encontrados focos do Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.

Houve um aumento de 0,3% em comparação com a última sondagem, realizada em agosto. Conforme o Ministério da Saúde, o índice é considerado de alerta quando está entre 1% e 3,9%. A situação de surto ocorre quando o número é igual ou superior a 4% e o índice satisfatório é abaixo de 1%.  Os números mais preocupantes foram apurados noBom Jardim, Ferroviários, Horto e a região classificada como área industrial de Ipatinga.

Situação por área

Segundo análise feita pelos técnicos do Centro de Controle de Zoonoses de Ipatinga, os indicadores estão muito acima do limite máximo recomendado pelas autoridades de saúde. A vistoria revelou também os bairros que apresentaram maiores índices de infestação:

 

Bairros

Índice de Infestação Larvária

Bom Jardim, Ferroviários, Horto e área Industrial de Ipatinga

5,6%

Vila Celeste

3,6%

Esperança e Ideal

2,8%

Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Chácaras Oliveira e Barra Alegre

2,4%

Caravelas, Jardim Panorama

1,5%

Cidade Nobre e Iguaçu

1,3%

Canaã e Veneza

1,1%

 

Ações setorizadas para conscientização já acontecem em todo o município. Neste sábado (20), de 9h ao meio-dia, será realizado na praça Josimar Ferreira de Moraes, no bairro Bela Vista, o Mutirão contra a Dengue. Durante a ação, palestras, teatro infantil, jogos educativos serão feitos pelos profissionais da Saúde com a comunidade.

Após a capacitação dos Agentes Comunitários, um plano de contingência foi elaborado pelos profissionais da Saúde

Casos notificados

Em se tratando das notificações de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, oDepartamento de Vigilância em Saúde registrou, até o início deste mês, 3.658 casos deDengue e Chikungunya no município.

Cidade limpa

Preocupada com o aumento de focos do vetor, a Administração municipal vem intensificando na cidade ações de limpeza, retirando toneladas de entulhos das vias públicas, limpando bocas de lobo, conscientizando famílias sobre a importância de se eliminar água parada dentro de casa, além de atuar com o trabalho de prevenção nas Unidades de Saúde, escolas, dentre outros serviços assistenciais.

Nesta semana, após a capacitação de mais de 200 Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s), no auditório do Hospital Municipal de Ipatinga, um plano de contingência foi elaborado pelos profissionais da Saúde, tendo em vista o estado de alerta pela chegada das chuvas de final de ano.

 

arboviroses

‘Este é um momento de muita atenção principalmente pela circulação do vírus mais grave transmitido pelo Aedes Aegypti, a Dengue tipo 2’, alertou a enfermeira Marilda Ferreira

Segundo a enfermeira referência técnica em arboviroses no município, Marilda Ferreira,“este é um momento de muita atenção principalmente pela circulação do vírus mais gravetransmitido pelo Aedes Aegypti, a Dengue tipo 2”.

“O ambiente está propício para a proliferação do mosquito. Quando tem chuva, aumenta a oferta de criadouros e, quando a temperatura aumenta, aumenta também a velocidade do desenvolvimento do vetor. O mosquito leva de sete a dez dias para se desenvolver de ovo a adulto, e a forma mais eficiente de evitar surtos das doenças transmitidas por ele é eliminar o ciclo de vida do inseto”, explica a profissional.

Para a ACS Adriana Aparecida, que há dez anos atua na Unidade Básica do bairro Vale do Sol, um diferencial importante da capacitação agora realizada foram as instruções sobre o preenchimento das fichas de notificação em casos suspeitos da doença na comunidade.

“Nós somos uma ponte entre o serviço de saúde e as famílias. Através do nosso trabalho, comunicamos aos médicos da unidade o retrato da qualidade de vida da comunidade onde atuamos. Isso faz com que a automedicação seja minimizada e as orientações de saúde ganhem força. Além disso, nós podemos intervir na conscientização dos moradores para que separem dez minutos do seu dia para eliminarem possíveis focos do mosquito dentro de suas casas. Não adianta só a Prefeitura fazer, a população precisa ajudar fazendo a sua parte”, ressalta.

 

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