Esperadas há décadas pelos moradores no trecho entre o Distrito de Cava Grande em Marliéria e São José do Goiabal na Zona da Mata Mineira, as obras de pavimentação da MG- 760 seguem, mas em ritmo reduzido. O atraso vem gerando uma série de especulações sobre possível paralisação do asfaltamento de cerca de 57 quilômetros de extensão.
Várias pessoas tem se manifestado na página da internet do“Movimento MG-760, Asfalta Já”, que foi criado para fiscalizar e cobrar a realização das obras e o cronograma do serviço.
Orçada em cerca de R$ 120 milhões, o asfaltamento da estrada foi retomado pela segunda vez em janeiro deste ano pela empresa Tamasa Engenharia S.A. e já teria sido executada em 9 km de asfalto e mais 8,4 km de terraplenagem, totalizando 17.4 km de obras.
Segundo Ernani Bitencourt, um dos coordenadores do Grupo “MG 760 Asfalta Já”, a causa da morosidade das obras é a falta de recursos. “Acreditamos que se nenhum fato novo ocorrer e com os recursos sendo repassados, esta etapa será sim cumprida”, disse.
Atualmente as obras se encontram em um trecho entre Santo Antônio e entrada do Parque Estadual do Rio Doce (PERD). Boa parte está na fase de sub-base e o restante em terraplenagem e preparo para o asfalto. Segundo a empresa responsável pela obra, o cronograma prevê a chegada na entrada principal do Parque até o mês de setembro ou início de outubro, quando em virtude das chuvas o serviço fica comprometido e quase pára.
Questionando sobre as adequações na rodovia para garantir a proteção dos animais, Ernani Bitencourt, informou que as medidas serão feitas passo a passo e asseguradas até o final.
Segundo o DEER/MG e a empresa que realiza o trabalho, a previsão inicial é que todo asfaltamento seja concluído em um período de 2 anos ou até o final de 2019. “Considerando a “necessidade” política do Estado de ter a obra em Andamento é que acreditamos nessa continuidade e que as obras não serão paralisadas”, ponderou
Conforme informações do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DEER/MG) não existe possibilidade de paralisação das obras e que o atraso se deve ao grande volume de chuvas no início do ano, que acabaram promovendo atrasos contingenciais.
O deputado Celinho do Sinttrocel confirmou ao Jornal O Informante que periodicamente vem se encontrando com representantes da Secretaria de Estado de Obras Públicas (SETOP) ou mesmo com a direção da empresa responsável pela obra, para acompanhar o andamento da obra. “Em conversa com o gerente regional do DEER, Nívio Pinto de Lima, ele nos disse que não existe possibilidades de paralisação das obras na MG 760. O projeto é concluir a terraplanagem e o asfaltamento até a entrada do Parque Estadual do Rio Doce antes do início do período das chuvas”, informou.
Ainda segundo o parlamentar, Nívio argumentou que é preciso concluir o asfaltamento neste trecho porque senão, a empresa perderá todo o trabalho de terraplanagem e construção da base para recebimento do asfalto.
Recursos
Celinho esclareceu ainda que a SETOP e TAMASA já acertaram detalhes para garantia de recursos através de novas fontes de financiamento, para que não haja mais atraso por falta de pagamentos das medições da obra, o que ocorreu no início do ano, devido à trava bancária imposta pelo Banco do Brasil.