A guerra de fake news nas eleições extemporâneas de Timóteo

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A guerra de fake news nas eleições extemporâneas de Timóteo

Editorial – 

A informação e contrainformação eram algumas das principais características da “Guerra Fria”, disputa entre EUA e a antiga União Soviética visando imposição ideológica, política e econômica. Era o capitalismo contra o comunismo, e nessa guerra declarada, mas não deflagra nos moldes tradicionais, a produção de contrainformação era muito utilizada.

Vale explicar que desinformação é bem diferente de contrainformação, o primeiro é a falta de conhecimento sobre algo, a segunda é uma ação estratégica que visa neutralizar os serviços de informação do oponente, manipular opiniões e produzir informações não condizentes com a realidade. Não por acaso, durante e após a guerra fria produziram vários filmes sobre espionagem e infiltrados em ambos os lados.

Com o boom da internet e das redes sociais nunca na história da humanidade houve um terreno tão propício para disseminação de inverdades, é o chamado fake news.

No campo político, onde muitas vezes o compromisso com a verdade e ética é suplantado por interesses individuais, o fake news se tornou uma ferramenta muita usada, mas na eleição extemporânea de Timóteo está passando dos limites. Nessa disputa de pouco mais de 30 dias foi deflagrado um dos quadros mais rasos de uma disputa eleitoral no município.

Historicamente as eleições para prefeito de Timóteo eram marcadas por “disputas” acirradas polarizadas entre dois nomes, nessa o quadro é diferente, há mais candidatos na briga pela vitória, e os setores da “maldade” estão atirando pra todos os lados.

São cada vez mais comuns departamentos específicos da campanha com a única função de criar mentiras ou expor dados particulares dos adversários para espalhar nas redes sociais, e nesse aspecto, muitos não tem limites, e promovem ataques pessoais e à familiares dos candidatos. O problema é que boa parte da população não tem senso crítico para discernir o fake news da verdade, e por vezes, replicam fatos mentirosos.

Em alguns casos isso não acontece apenas nas redes sociais, equipes são orientadas a espalharem mentiras sobre determinado candidato por onde passarem. São relatos, às vezes carregados de falsas emoções, apenas para denegrir a imagem do oponente.

Essa é a semana decisiva e os candidatos a prefeito de Timóteo são: Dr. Renato Araújo (PMDB) e Professor Diogo (PP) da coligação (MDB, PPL, PTB, PSL, PDT e PP), Adriano Alvarenga (PMB) e Adriane Ferreira (DEM) da coligação (PMB, PPS, PTdoB, PROS, DEM, PRB, PTC, PR e PSD), Douglas Willkys (PSB) e o Professor Vespa (REDE) composta pelos partidos (PSB, REDE, PTN, PHS, PSC, PRP e PV) e Carlos Vasconcelos (PC do B) e Vaguinho Perdigão (PMN) que compõe com os partidos (PCdoB, PMN, PEN).

Algumas particularidades marcam essa eleição, como não ter na disputa nenhum ex prefeito, mas todos os atuais candidatos são políticos com algum grau de experiência, então o discurso do novo não se aplica a nenhum deles, afinal trata-se de dois ex vice prefeitos e dois ex presidentes de Câmara Municipal de Timó­teo.

O eleitor que anda assustado com o tom bélico nessa campanha eleitoral, certamente ficará ainda mais espantado essa semana, pois serão intensificadas as difamações, por isso é fundamental conferir a fonte das informações. Será importante o eleitor definir qual tipo de candidato quer na prefeitura, e para isso é preciso avaliar as propostas, e, sobretudo, como as colocarão em prática.

Diante de uma disputa tão acirrada, certamente no dia 25 de junho alguns candidatos vão lamentar não ter acordado 30 minutos mais cedo para pedir mais voto, ou não ter procurado aquele amigo (a) de infância, e ex companheiros de escola, ou ex vizinhos, ou aquela parte da família que não tem tanto contato, mas eram potenciais eleitores.

Nessa eleição de Timóteo a reta final será decisiva e vai depender muito da melhor estratégia, investimentos, redes sociais e sola de sapato para ganhar as eleições do dia 24.

 

Márcio de Paula

Editor

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