A produção de veículos no Brasil subiu 5,3%, em outubro, na comparação com setembro. No mês passado, foram produzidos 249,9 milhões de automóveis. No acumulado de janeiro a outubro, foram produzidas 2.236.890 unidades, 28,5% a mais do que no mesmo período de 2016. Os dados foram divulgados nesse (8) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Já as vendas de carros subiram 1,8% em outubro em comparação com setembro. No mês passado, foram vendidas 202.900 unidades contra as 199.200 de setembro de 2017. Na comparação com outubro de 2016, houve aumento de 27,6%. No acumulado do ano, foram licenciadas 1.822.860 unidades, o que representa alta de 9,3% ante as 1.667.830 do mesmo período do ano passado.
“Foi um crescimento pequeno, mas substancial, o segundo melhor mês do ano, o melhor mês desde outubro de 2014 e com uma média diária de emplacamento interessante, que já passou de 9.500. Se tudo der certo, estaremos a caminho dos 10 mil”, disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
Megale destacou a alta de vendas até outubro. “No acumulado de janeiro a outubro, o crescimento de 9,3% foi um crescimento de 2 pontos percentuais acima da nossa previsão. Torcemos para que continue crescendo e que o mercado seja ainda melhor do que isso”, ressaltou.
Quanto às exportações, o mês de outubro registrou alta de 2,5% ao passar de 60 mil carros para 61.600. Na comparação com outubro do ano passado, as vendas para comércio externo registraram aumento de 66,6% e de 56,7%, no acumulado do ano, ao passar de 400.600 unidades vendidas entre janeiro e outubro de 2016 para 627.800 no mesmo período deste ano.
As exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias também registraram alta. Em comparação a setembro a alta foi de 3% e no acumulado do ano o crescimento foi de 44,5%.
“Os mercados estão crescendo, com destaque para a Argentina. Desta forma, acreditamos que podemos chegar na nossa previsão, que é de 745 mil [unidades exportadas no ano]”, afirmou o presidente da Anfavea.
Em valores, as exportações alcançaram US$ 1,460 bilhão em outubro, 5,4% a mais do que setembro e 52,9% se comparado ao mesmo mês de 2016. “É o efeito do câmbio que nos permite suportar um nível de competitividade”, disse.
De acordo com a Anfavea, no mês de outubro houve leve crescimento do número de postos de trabalho no setor (0,3 %), com mais de 400 vagas. A Anfavea informou que, em setembro, 5.831 funcionários estavam em layoff e no Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e, em outubro, o número passou para com 3.528, uma redução de 2.303 funcionários. “Isso significa claramente uma tendência de ocupação da capacidade, lógico a produção aumenta, e queremos todo mundo produzindo para atender a demanda do mercado interno e externo.”
Caminhões e máquinas agrícolas
No mês passado, as vendas de caminhões cresceram 10,8% ante setembro, com a comercialização de 5 mil unidades. Já em relação a outubro do ano passado, houve crescimento de 46% e, no acumulado do ano, queda de 4,5%. “Foi o melhor mês desde dezembro 2015. Ainda temos uma queda de 4,5% com relação ao ano passado, mas bem menor do que começamos [o ano]”, destacou Megale.
Mesmo com a queda acumulada no ano, vice-presidente da Anfavea para a área de caminhões, Luís Carlos de Moraes, vê uma recuperação no setor. “Percebemos as empresas de transporte voltando a conversar e tivemos esse resultado em outubro. Acho que ainda que vamos terminar o ano perto dos níveis do ano passado, mas pelo menos o ambiente de negócios teve uma mudança. principalmente no segundo semestre.”
Segundo a Anfavea, a produção no setor de máquinas agrícolas e rodoviárias registraram alta em outubro de 11% com relação a setembro, entretanto houve queda de 23,7% ante outubro do ano passado. No acumulado do ano a produção cresceu 13,5%, chegando a 48,6 mil unidades produzidas ante 42,8 mil do mesmo período de 2016.
Previsão mantida
Para o dirigente da entidade, as previsões de vendas estão mantidas. Segundo os dados, a previsão é de 7,3% de crescimento nas vendas de automóveis, 43,3% nas exportações e 25,2% na produção. No setor de máquinas agrícolas espera-se aumento na produção de 10,4%, alta nas exportações de 34,6% e nas vendas internas a expectativa é fechar o ano com alta de 6,9%.
Para 2018, a entidade ainda não fechou as previsões. “Ainda não fechamos as projeções para ao ano que vem. Estamos aguardando um pouco mais a questão do encaminhamento da situação política do país e também para ver o fechamento do ano. Mas acreditamos que vamos ter um crescimento de dois dígitos, maior que este ano.”
Agência Brasil