Comércio não essencial fecha por dez dias em Ipatinga

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Comércio não essencial fecha por dez dias em Ipatinga

Medida também evita a aplicação radical do ‘lockdown’, embora números já sinalizem para a necessidade

Medida também evita a aplicação radical do ‘lockdown’, embora números já sinalizem para a necessidade

Após reunião com o Comitê Gestor de Crise de Ipatinga, na tarde desta segunda-feira (1), o Executivo do município anunciou em coletiva de imprensa, diante do avanço dos números de contágio pelo coronavírus e também o registro de quatro óbitos pela doença, que o comércio considerado não essencial, hoje com expediente limitado a três dias por semana (segunda, quarta e sexta) de 12h às 18h, será fechado pelo prazo de dez dias. O decreto para regulamentação da medida, cumprindo decisão da maioria dos membros do Comitê, deve sair nesta terça-feira (2).

Também nesta segunda já foi agendada a próxima reunião do Comitê Gestor de Crise para exame de novos números e reavaliação da situação. Ela acontecerá no dia 10 de junho, na Prefeitura de Ipatinga. Mesmo com a reunião marcada, a decisão de fechamento do comércio não essencial se estenderá até o dia 11 de junho.

O prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha, explicou que a decisão de suspender temporariamente o funcionamento do comércio é um meio termo encontrado, para evitar que a cidade precise tomar uma atitude mais drástica, como a adoção de um ‘lockdown’, já cumprido em muitas cidades do país.

“Hoje, o número de infectados em Ipatinga já representa uma relação de 1.030 para cada milhão de habitantes, e para o município aderir ao ‘lockdown’ bastaria que o quantitativo fosse acima de 750 para um milhão. Ipatinga já ultrapassou e muito a taxa máxima para adoção dessa medida. Porém, entendemos que optar por esse confinamento total poderia significar a eliminação completa dos CNPJ. Sabemos que a culpa dos números na cidade não é do comércio, mas acontece que ele acaba sendo um atrativo para aglomerações”, explica o chefe do Executivo.

Uma reunião com os prefeitos das 13 cidades da microrregião de saúde em que Ipatinga é o polo está agendada para a manhã desta terça-feira (2). O objetivo é buscar a uniformização dos procedimentos de segurança referentes à contenção da contaminação e proliferação do coronavírus. Isso porque, pela pactuação de saúde existente, pacientes dessas cidades utilizam do Sistema Único de Saúde e ocupam leitos de UTI e Enfermaria Covid-19 no município.

Barreira sanitária
Além da suspensão das atividades comerciais não essenciais pelos próximos dez dias, também foi anunciado pelo Executivo de Ipatinga que a partir da próxima quinta-feira (4) serão instaladas quatro barreiras sanitárias no município. Nelas, equipes técnicas irão aferir a temperatura e avaliar as condições de saúde daqueles que moram em outras cidades e precisem transitar por Ipatinga.

O Executivo reforça que a ação não tem como objetivo impedir a entrada e a saída de pessoas, mas sim garantir o estado de saúde daqueles que precisam trafegar entre os municípios do Vale do Aço.

Situação epidemiológica
Durante o encontro do Comitê Gestor de Crise, a secretária de Saúde de Ipatinga, Érica Dias, ao lado do prefeito Nardyello Rocha e de outros médicos que compõem o quadro de servidores do município na área, apresentou o nível de infecção da região por milhão de habitantes. No Vale do Aço, considerando as quatro maiores cidades (Ipatinga, Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso e Timóteo), a relação também é muito alta e preocupante: de 924 para cada milhão de habitantes.

A responsável pela pasta da Saúde no município e presidente do Comitê ressalta que outro fator preocupante na cidade é a taxa de ocupação de leitos. Nessa segunda-feira, 100% dos leitos de UTI do Hospital Municipal foram ocupados. Considerando também o Hospital Márcio Cunha, os leitos de Covid-19 SUS alcançam a marca de 97% de ocupação.

Hospital de Campanha
Devido às dificuldades para compra de respiradores – item essencial para compor um leito de UTI –, o Hospital de Campanha que deve ser implementado até o fim desta semana, no município, contará momentaneamente apenas com leitos de Enfermaria. Contudo, Ipatinga conseguiu alugar 20 ventiladores para uso durante seis meses. Em casos menos graves, o equipamento poderá ser utilizado no atendimento a pacientes com Covid.

O prefeito explica que não deu início às atividades do Hospital de Campanha porque a taxa de ocupação da Enfermaria Covid-19 ainda está em 40% no HMEM.

“Não se justificava criar o hospital nos meses anteriores porque, com a indisponibilidade de respiradores, ele irá funcionar com leitos de Enfermaria, cuja taxa de ocupação, mesmo nesta segunda-feira (1), ainda se encontra moderada. Se montássemos hoje, na prática ele também não teria validade alguma”, complementou Nardyello. Diante das demandas atuais, o município elevou de 16 para 40 o número de leitos de Enfermaria no HMEM.

Escolhido pela Administração municipal como um local estratégico, por sua proximidade com o Hospital Municipal, a Escola Estadual Canuta Rosa pode receber, assim que necessário, até 40 leitos.
Após reunião com o Comitê Gestor de Crise de Ipatinga, na tarde desta segunda-feira (1), o Executivo do município anunciou em coletiva de imprensa, diante do avanço dos números de contágio pelo coronavírus e também o registro de quatro óbitos pela doença, que o comércio considerado não essencial, hoje com expediente limitado a três dias por semana (segunda, quarta e sexta) de 12h às 18h, será fechado pelo prazo de dez dias. O decreto para regulamentação da medida, cumprindo decisão da maioria dos membros do Comitê, deve sair nesta terça-feira (2).

Também nesta segunda já foi agendada a próxima reunião do Comitê Gestor de Crise para exame de novos números e reavaliação da situação. Ela acontecerá no dia 10 de junho, na Prefeitura de Ipatinga. Mesmo com a reunião marcada, a decisão de fechamento do comércio não essencial se estenderá até o dia 11 de junho.

O prefeito de Ipatinga, Nardyello Rocha, explicou que a decisão de suspender temporariamente o funcionamento do comércio é um meio termo encontrado, para evitar que a cidade precise tomar uma atitude mais drástica, como a adoção de um ‘lockdown’, já cumprido em muitas cidades do país.

“Hoje, o número de infectados em Ipatinga já representa uma relação de 1.030 para cada milhão de habitantes, e para o município aderir ao ‘lockdown’ bastaria que o quantitativo fosse acima de 750 para um milhão. Ipatinga já ultrapassou e muito a taxa máxima para adoção dessa medida. Porém, entendemos que optar por esse confinamento total poderia significar a eliminação completa dos CNPJ. Sabemos que a culpa dos números na cidade não é do comércio, mas acontece que ele acaba sendo um atrativo para aglomerações”, explica o chefe do Executivo.

Uma reunião com os prefeitos das 13 cidades da microrregião de saúde em que Ipatinga é o polo está agendada para a manhã desta terça-feira (2). O objetivo é buscar a uniformização dos procedimentos de segurança referentes à contenção da contaminação e proliferação do coronavírus. Isso porque, pela pactuação de saúde existente, pacientes dessas cidades utilizam do Sistema Único de Saúde e ocupam leitos de UTI e Enfermaria Covid-19 no município.

Barreira sanitária
Além da suspensão das atividades comerciais não essenciais pelos próximos dez dias, também foi anunciado pelo Executivo de Ipatinga que a partir da próxima quinta-feira (4) serão instaladas quatro barreiras sanitárias no município. Nelas, equipes técnicas irão aferir a temperatura e avaliar as condições de saúde daqueles que moram em outras cidades e precisem transitar por Ipatinga.

O Executivo reforça que a ação não tem como objetivo impedir a entrada e a saída de pessoas, mas sim garantir o estado de saúde daqueles que precisam trafegar entre os municípios do Vale do Aço.

Situação epidemiológica
Durante o encontro do Comitê Gestor de Crise, a secretária de Saúde de Ipatinga, Érica Dias, ao lado do prefeito Nardyello Rocha e de outros médicos que compõem o quadro de servidores do município na área, apresentou o nível de infecção da região por milhão de habitantes. No Vale do Aço, considerando as quatro maiores cidades (Ipatinga, Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso e Timóteo), a relação também é muito alta e preocupante: de 924 para cada milhão de habitantes.

A responsável pela pasta da Saúde no município e presidente do Comitê ressalta que outro fator preocupante na cidade é a taxa de ocupação de leitos. Nessa segunda-feira, 100% dos leitos de UTI do Hospital Municipal foram ocupados. Considerando também o Hospital Márcio Cunha, os leitos de Covid-19 SUS alcançam a marca de 97% de ocupação.

Hospital de Campanha
Devido às dificuldades para compra de respiradores – item essencial para compor um leito de UTI –, o Hospital de Campanha que deve ser implementado até o fim desta semana, no município, contará momentaneamente apenas com leitos de Enfermaria. Contudo, Ipatinga conseguiu alugar 20 ventiladores para uso durante seis meses. Em casos menos graves, o equipamento poderá ser utilizado no atendimento a pacientes com Covid.

O prefeito explica que não deu início às atividades do Hospital de Campanha porque a taxa de ocupação da Enfermaria Covid-19 ainda está em 40% no HMEM.

“Não se justificava criar o hospital nos meses anteriores porque, com a indisponibilidade de respiradores, ele irá funcionar com leitos de Enfermaria, cuja taxa de ocupação, mesmo nesta segunda-feira (1), ainda se encontra moderada. Se montássemos hoje, na prática ele também não teria validade alguma”, complementou Nardyello. Diante das demandas atuais, o município elevou de 16 para 40 o número de leitos de Enfermaria no HMEM.

Escolhido pela Administração municipal como um local estratégico, por sua proximidade com o Hospital Municipal, a Escola Estadual Canuta Rosa pode receber, assim que necessário, até 40 leitos.